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Deputados debatem publicidade infantil
Projeto de lei que restringe propaganda para criança voltou a ser analisado na Câmara
DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados
voltou a analisar o projeto de
lei que restringe a propaganda voltada a crianças.
O texto original, do deputado Luiz Carlos Hauly
(PSDB-PR), previa a proibição de qualquer publicidade
de produtos voltados a esse
público. Agora, a ideia é chegar a um meio-termo.
"A proibição total cercearia a liberdade de expressão", afirma o deputado federal Salvador Zimbaldi
(PDT-SP), relator da proposta
na Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e
Informática da Câmara, que
realizou audiência pública
sobre o tema ontem.
"Por outro lado, temos que
coibir os abusos. Não dá para
dizer, por exemplo, que "a canequinha da Turma da Mônica é boa para tomar chope'".
Para virar lei, o projeto ainda precisa ser aprovado por
duas comissões da Câmara e
pelo Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
A última versão do texto
aprovada pelos deputados
afirma, entre outros pontos,
que a propaganda voltada a
crianças não pode aproveitar-se de sua deficiência na
capacidade de julgamento
nem induzi-la a "desrespeitar
os valores éticos e sociais da
pessoa e da família".
Na audiência pública, houve posições favoráveis a uma
maior restrição. Uma delas
partiu de Carlos Augusto Rodrigues Soares, representante do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
do Ministério da Justiça.
Representantes de agências de publicidade e televisões defenderam a manutenção da legislação atual.
Em países como Bélgica,
Dinamarca e Suécia, a publicidade infantil é proibida. Já
nos EUA, não há restrições.
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