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Para oposição, lei pode ampliar dívida
da Reportagem Local
A renegociação da dívida externa do município pode ampliar, a
curto prazo, o endividamento da
Prefeitura de São Paulo na avaliação das bancadas de oposição na
Câmara Municipal.
São Paulo tem hoje uma dívida
total de cerca de R$ 10 bilhões
-acima do próprio Orçamento
previsto para este ano, de R$ 8 bilhões. Do total da dívida do município, cerca de R$ 1 bilhão é de
curto prazo.
Com esse argumento, as bancadas do PT e do PSDB tentaram impedir a votação do projeto do prefeito Celso Pitta (PPB) no início
deste mês.
Petistas e tucanos tentaram obstruir a votação sob alegação de que
a aprovação dessa proposta vai
possibilitar que a gestão Celso Pitta obtenha novos empréstimos do
governo federal no período que
precede as eleições deste ano.
Por ter atingido o limite de endividamento, o município de São
Paulo está proibido de contrair
novos empréstimos.
Durante a votação do projeto, o
vereador petista Arselino Tatto
disse que a aprovação da proposta
permitiria à gestão Pitta a obtenção de novas verbas para as obras
previstas e para o PAS durante a
campanha eleitoral.
A gestão Pitta discorda da avaliação da oposição. Em ofício encaminhado à liderança do PT na Câmara, o secretário José Antonio de
Freitas (Finanças) diz que a aprovação do projeto não implicará liberação de novos empréstimos.
Segundo o ofício, a proposta "é
uma mera formalização" de contrato de refinanciamento do débito.
Para os vereadores governistas, a
oposição quis se aproveitar politicamente da discussão.
Rebeldes
A aprovação foi garantida com o
voto dos chamados rebeldes, 12
vereadores que chegaram a pedir a
renúncia do prefeito e a derrubar
51 vetos de Pitta.
O projeto foi aprovado por 33 a
17. Eram necessários 28 votos.
A proposta foi defendida pelo
vereador Faria Lima (PPB), líder
do grupo rebelde. Indagado pelo
petista José Eduardo Martins Cardozo sobre a mudança de postura,
Faria Lima disse, em plenário, que
estava apenas sendo "justo" com
o prefeito.
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