São Paulo, sábado, 18 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Drogaria é fechada por vender remédio vencido

MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

A Vigilância Sanitária Estadual fechou ontem a Drogaria Monte Verde, na avenida do Imperador, em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo), por vender medicamentos com a validade vencida.
Era para lá que o comerciante Luiz Leite do Nascimento, 42, preso em flagrante na última terça-feira com uma carga de medicamentos sem nota fiscal, que incluía remédios vencidos e psicotrópicos (medicamentos que têm a venda controlada e causam dependência), afirma que levaria os produtos apreendidos.
Ele afirmou que seria o proprietário da farmácia, o que foi negado por um balconista da loja.
Além da venda de remédios vencidos foram constatadas outras duas irregularidades graves na farmácia.
A Monte Verde não estava fazendo o controle de venda de psicotrópicos, e o farmacêutico responsável pela drogaria, Antonio Medina, 74, segundo apurado pela Vigilância, está ausente da farmácia há muito tempo.
"Eles alegam que ele está se recuperando de uma cirurgia, mas nós soubemos que ele esteve depois da blitz numa de nossas subsedes pedindo a reabertura da loja, o que não deve acontecer tão cedo", afirmou Waldemar José Sá de Azevedo, da Vigilância Sanitária Estadual.
A Transportadora Transvale negou que Luiz Leite do Nascimento tenha comprado a carga na empresa, como afirmou em seu depoimento.
"A empresa não conhece esse senhor, e a Transvale não comercializa nada, só transporta", disse Luiz Thomaz, advogado da empresa, que tem 80% de seus clientes no mercado farmacêutico.
A polícia deve ouvir oficialmente a Transvale sobre o caso na próxima semana. Nascimento continua preso na carceragem do Depatri. Ele é acusado de tráfico de entorpecentes, por causa dos psicotrópicos e receptação.
Distribuidora fechada
A Vigilância Sanitária Estadual fechou ontem também a Distribuidora Sapopemba Ltda, que funcionava em uma casa sem identificação na rua João Pires Calhares, 1, zona sudeste.
Segundo o órgão estadual, a empresa funcionava há dez anos sem licença. A Vigilância foi acionada pela 8ª Delegacia Seccional, que investigava a distribuidora.
Foram encontrados vários medicamentos na casa, mas não foram encontrados remédios controlados ou vencidos.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.