São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2004

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AMBIENTE

Temporal, com ventos fortes, deixou ao menos 200 famílias desabrigadas

Chuva de granizo atinge Manaus

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Pelo menos 200 famílias ficaram desabrigadas na madrugada de ontem, em Manaus, em conseqüência de uma chuva de granizo e de ventos de até 88 km por hora. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia no Amazonas, o forte temporal foi provocado por uma instabilidade tropical, que atingiu o sul do Pará e o leste do Amazonas.
No conjunto habitacional Nova Cidade, na zona leste de Manaus, 144 famílias tiveram as casas destelhadas pelas rajadas de ventos. Três pessoas tiveram ferimentos leves, segundo a Defesa Civil local.
De madrugada, equipes da prefeitura e estaduais entregaram colchonetes aos abrigados em escolas e centros de saúde. O prefeito Luiz Alberto Carijó (PP) classificou de "catástrofe" a situação da periferia e contabilizou mais de 3.000 pedidos de socorro.
Situado em uma área desmatada de 20 mil m2, o conjunto habitacional começou a ser construído em 1991 pelo ex-governador Amazonino Mendes (PFL), candidato à Prefeitura de Manaus.
Moram no conjunto, com 9.500 casas, famílias que viviam em áreas de risco. Ontem, moradores reclamavam da qualidade das telhas. "Parece telha de papelão", disse a moradora Odete Silva.
A Suhab (Superintendência Estadual de Habitação), responsável pelas obras, negou. "Temos que levar em consideração que, com ventos de 88 km/h, é difícil alguma telha resistir, principalmente, numa área sem arborização", afirmou o diretor Robson Santos.

Poluição paulista
As chuvas causaram também o aumento no total de praias poluídas no litoral paulista. Dos 62 pontos avaliados pela Cetesb (agência ambiental paulista), somente 11 estão próprios para banho. Nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande, todos eram impróprios.
De acordo com a Cetesb, o resultado negativo da avaliação foi causado por um período de quase quatro semanas de estiagem seguido de chuva no dia da coleta.
A gerente de águas litorâneas da agência, Cláudia Lamparelli, alertou para os riscos atuais. "O aviso é para o banhista não entrar no mar. A água contaminada pode causar doenças como gastroenterite, hepatite A e cólera." A qualidade da água pode ser obtida pelo telefone telefone 0800-113560 ou no site www.cetesb.sp.gov.br.


Colaborou Agência Folha, em Santos


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