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P-34
Após estabilizar navio e eliminar risco de afundamento, empresa inicia investigação que deverá ser concluída em 30 dias
Petrobras investiga causas de acidente com plataforma
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Após conseguir ontem estabilizar a plataforma P-34, que não
corre mais risco de afundar, a Petrobras iniciou investigações que
apontarão as causas do acidente.
A P-34 ficou adernada por quatro
dias, na bacia de Campos (RJ).
Com o objetivo de colher provas, embarcaram ontem na plataforma técnicos da empresa e peritos da Marinha. Eles buscaram
boletins e registros das operações
realizadas na P-34 antes do acidente. Os membros da comissão
mista da ANP (Agência Nacional
do Petróleo) e da Marinha, criada
para investigar o acidente, também estiveram na plataforma.
Uma pane elétrica no domingo
impediu que as válvulas que interligam os 17 tanques de água e de
óleo fossem fechadas. Isso causou
o acúmulo de 11 milhões de litros
de óleo no lado esquerdo da embarcação, desequilibrando-a.
São três pontos a serem esclarecidos: a causa da falha elétrica, por
que os geradores de energia não
funcionaram e de que forma a pane afetou o comando automático
de fechamento das válvulas.
Com a pane, o comando das
válvulas, segundo a Petrobras, foi
afetado, por motivos desconhecidos. Em caso de acidente, elas são
programadas para fechar automaticamente, o que não ocorreu.
A Petrobras espera esclarecer em
30 dias as causas do acidente.
Técnicos que trabalharam ontem na P-34 restabeleceram os
sistemas de segurança, de combate a incêndio, de ar-condicionado
e de auxílio à navegação. A Petrobras informou que não há um
prazo para a P-34 voltar a produzir petróleo, o que só ocorrerá
após uma inspeção em todas as
unidades. Em quatro dias parada,
a perda já chega a US$ 2,7 milhões, segundo especialistas.
O presidente do Sindicato dos
Petroleiros do Norte Fluminense,
Fernando Carvalho, disse não ser
possível reparar a P-34 em alto-mar -ela está a 80 km da costa de
Macaé, a 840 m de profundidade.
Segundo ele, o sistema elétrico terá de ser consertado com a plataforma num estaleiro. Carvalho
diz que a P-34 já apresentou duas
panes elétricas -uma em maio e
outra em dezembro de 1998.
O coordenador-geral da FUP
(Federação Única dos Petroleiros), Antônio Carrara, disse que a
ANP o informou, anteontem, que
estuda aumentar a segurança nas
plataformas.
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