São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002 |
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ESTIAGEM Baixa umidade do ar tem contribuído para o alastramento do fogo; dos 128 casos em SP, 36% estão no Vale do Paraíba Focos de queimada atingem três Estados
DAS REGIONAIS A baixa umidade, que facilita o alastramento do fogo, e uma certa dose de imprudência fizeram com que vários focos de incêndio se espalhassem ontem pelas matas do Estado de São Paulo. Dos 128 casos registrados em todo o Estado, 46, ou 36%, ficaram concentrados em 13 cidades do Vale do Paraíba. O número pode ser bem maior. A região tem registrado queimadas em menor escala, que não são percebidas pelos satélites do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos). Em São José do Barreiro, quase 1% da área do Parque Nacional da Serra da Bocaina, de cerca de 104 mil hectares, foi atingido, segundo o Instituto Florestal. O fogo ainda não está controlado. Regiões de preservação, como o Parque Estadual da Serra do Mar e a Estação Ecológica de Bananal, também foram atingidas. Cem campos O fogo recomeçou na reserva florestal da Serra do Japi, em Cabreúva, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Pelo menos 960 mil mē (cem campos de futebol) de mata nativa foram destruídos em menos de quatro dias. O incêndio na mata da Graciosa, uma das últimas áreas de mata atlântica da região, localizada entre Santa Cruz da Esperança e Cajuru, na região de Ribeirão Preto, completou ontem sete dias. Em Campinas, o Corpo de Bombeiros registrou um incêndio na área do Parque Ecológico. Balão Na capital paulista, o fogo voltou a atingir ontem a Área de Proteção Ambiental, que abriga o Parque do Carmo, na zona leste. Segundo o Corpo de Bombeiros, um balão causou o incêndio durante a madrugada. Por volta das 12h, as equipes foram acionadas para controlar outro incêndio. Minas e Rio Em Minas Gerais, o fogo que atinge desde o dia 8 o Parque Nacional da Serra da Canastra pode ter consumido, segundo técnicos, cerca de 35 mil hectares de mata -quase a metade da área preservada. Segundo a direção do parque, o fogo estava sob controle. Os técnicos dizem que os incêndios tiveram origem criminosa. O presidente do Instituto Estadual de Florestas, André Ilha, informou que dezenas de focos de incêndio já devastaram cerca de 2.000 hectares de matas em várias partes do Estado do Rio desde a sexta-feira. A situação mais grave ocorre nas região serrana, nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. Colaboraram a Folha Online e a Agência Folha Texto Anterior: P-34: Petrobras investiga causas de acidente com plataforma Próximo Texto: Cai o nível do reservatório de Guarapiranga Índice |
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