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SP quer Febem em prédio desativado
da Reportagem Local
O governo do Estado de São
Paulo está analisando oito prédios desativados na capital para
avaliar a possibilidade de eles serem transformados em unidades
da Febem em regime emergencial. De acordo com o secretário
de Assistência e Desenvolvimento
Social, Edsom Ortega, os prédios
serviram a fábricas, escolas e hospitais, todos já desativados.
Os prédios receberiam adolescentes de menor periculosidade,
abrindo espaço nas unidades já
existentes para os menores que
estão nas cadeias do Estado.
Ortega revelou os planos do governo ontem, durante a cerimônia de posse do novo secretário da
Administração Penitenciária.
O secretário se dizia indignado
porque, de acordo com ele, as
obras de reforma em um desses
oito prédios já haviam começado,
mas a construção foi invadida e
depredada por vizinhos na noite
de quarta-feira.
"Todo mundo diz que os adolescente não podem ficar nas cadeias. Nós concordamos. Mas
quando buscamos soluções, a
mesma sociedade que critica a internação nas cadeias não quer receber as unidades da Febem."
O prédio atacado fica na Vila
Formosa (zona leste de SP) e já
abrigou uma escola, desativada
por falta de demanda na região,
segundo o governo.
Por resistência da comunidade
e falta de condições técnicas dos
prédios, 7 das 15 construções selecionadas já foram descartadas.
Das oito restantes, Ortega só revelou a localização de duas -a da
Vila Formosa e a do Brás, que surgirá, na verdade, da reforma de
um prédio da própria Febem.
"Não digo onde são as outras
antes de conversarmos com os vizinhos. Caso contrário, a destruição pode se repetir", afirmou o secretário. As conversas devem começar na semana que vem.
De acordo com Ortega, se os
prédio não forem aceitos pela vizinhança, os menores terão que
ficar nas cadeias por seis meses,
tempo necessário para que sejam
concluídas as obras de algumas
unidades da Febem.
(SC)
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