São Paulo, Sábado, 18 de Dezembro de 1999


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Promotor quer retirar menores do Cadeião de Santo André

do "Agora São Paulo"

da Reportagem Local

Três promotores da Infância e da Juventude entraram ontem com uma ação na Justiça para exigir a retirada de internos da Febem que estão no Cadeião de Santo André (Grande SP).
Caso o parecer da juíza Mônica Paukoski seja favorável, os mais de 300 internos que estão no cadeião terão de ser transferidos para outras unidades da Febem, sem que, com isso, haja "lotação das já existentes".
O documento entregue à juíza, do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude, exige ainda a proibição do ingresso de novos adolescentes no cadeião.
"Caso a Febem queira reutilizar o espaço do cadeião como Unidade Educacional, terá que adequar o local", disse o promotor Wilson Tafner. Entre as exigências, estão a implantação de salas de aula, aumento de número de psicólogos e monitores e regularização do atendimento médico, além da separação dos adolescentes por idade e gravidade de infração.
O documento do Ministério Público, baseado nas inspeções feitas no cadeião pelos promotores e pela juíza, aponta que "não há nenhum processo socioeducativo e que o local não não dispõe de infra-estrutura."
O adolescente T.S.G. disse, em depoimento ao Ministério Público, que os internos não tomam banho há uma semana. "Está uma coceira. Um pedaço de sabonete é usado por vários adolescentes na hora do banho", disse.
A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes disse ontem que o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Edsom Ortega, considera estranha a ação dos promotores.
Isso porque, segundo Ortega, o Ministério Público está informado do empenho e das dificuldades do governo estadual em criar mais vagas para os menores.


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