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Promotor quer retirar menores do Cadeião de Santo André
do "Agora São Paulo"
da Reportagem Local
Três promotores da Infância e
da Juventude entraram ontem
com uma ação na Justiça para
exigir a retirada de internos da
Febem que estão no Cadeião de
Santo André (Grande SP).
Caso o parecer da juíza Mônica
Paukoski seja favorável, os mais
de 300 internos que estão no cadeião terão de ser transferidos
para outras unidades da Febem,
sem que, com isso, haja "lotação
das já existentes".
O documento entregue à juíza,
do Departamento de Execuções
da Infância e da Juventude, exige
ainda a proibição do ingresso de
novos adolescentes no cadeião.
"Caso a Febem queira reutilizar
o espaço do cadeião como Unidade Educacional, terá que adequar
o local", disse o promotor Wilson
Tafner. Entre as exigências, estão
a implantação de salas de aula,
aumento de número de psicólogos e monitores e regularização
do atendimento médico, além da
separação dos adolescentes por
idade e gravidade de infração.
O documento do Ministério
Público, baseado nas inspeções
feitas no cadeião pelos promotores e pela juíza, aponta que "não
há nenhum processo socioeducativo e que o local não não dispõe
de infra-estrutura."
O adolescente T.S.G. disse, em
depoimento ao Ministério Público, que os internos não tomam
banho há uma semana. "Está
uma coceira. Um pedaço de sabonete é usado por vários adolescentes na hora do banho", disse.
A assessoria de imprensa do
Palácio dos Bandeirantes disse
ontem que o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social,
Edsom Ortega, considera estranha a ação dos promotores.
Isso porque, segundo Ortega, o
Ministério Público está informado do empenho e das dificuldades do governo estadual em criar
mais vagas para os menores.
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