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VIOLÊNCIA
Aniversário de PM termina em discussão com carcereiro; outras duas pessoas foram baleadas
Dois policiais morrem em duelo em SP
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Por causa de um copo de cerveja, um policial militar e um carcereiro da Polícia Civil travaram um
duelo, a tiros, que resultou na
morte dos dois e em mais dois feridos. O caso aconteceu na noite
de anteontem, em Americanópolis (zona sul de São Paulo).
Os dois policiais não se conheciam. O soldado da PM Cláudio
Doretto festejava com a mulher e
amigos, em uma padaria na esquina das avenidas Cupecê e Rodrigues Montemor, os 35 anos
que completava naquela noite. O
PM era lotado no 16º Batalhão.
A padaria fica sobre a pizzaria
La Spezzia, onde o carcereiro
Herlon Santos da Paz, 26, que trabalhava no 26º DP (Sacomã) havia seis meses, era entregador antes de passar no concurso para a
polícia, há um ano.
Lucineide de Amorim Silva, 25,
mulher de Paz, disse que estava na
casa da mãe, no Jardim São Carlos, onde o marido foi apanhá-la.
Ele resolveu então passar na pizzaria para ver a amiga Giselda
Lourdes dos Santos, 32, sua ex-patroa. A pizzaria fica no caminho entre a casa da sogra e a do
carcereiro, no Jardim Guarani.
Enquanto Paz conversava na
pizzaria, o conteúdo de um copo
de cerveja caiu na rua, perto de
onde estava o carcereiro.
Segundo Lucineide e o ajudante
da pizzaria, Rogério das Chagas
Araújo, 19, Paz tentou conversar
amigavelmente com os convidados do PM, mas logo em seguida
uma discussão começou.
"Depois da discussão, o PM
desceu atirando, dizendo que era
policial, e fui ferido", contou Chagas, baleado no pé direito e na
mão esquerda.
Erlon identificou-se como carcereiro. "Ele disse que também
era policial, mas o PM já estava
com a arma na mão e eles começaram a atirar", disse Lucineide.
Segundo o setor de relações públicas do 16º Batalhão, Doretto
era um policial sem fatos desabonadores em seu currículo.
O boletim de ocorrência registrado no 97º DP (Americanópolis) informa que cada policial foi
atingido por três disparos. Na troca de tiros foi atingido no braço
direito o comerciante Marcelo Pereira Borges, 29, amigo do PM.
Nenhum dos dois policiais usava a arma de serviço. Paz estava
com um revólver calibre 38 próprio. Doretto usava uma pistola
calibre 380. Policiais militares recebem do Estado apenas revólveres calibre 38.
Doretto tinha filhos de seu primeiro casamento. O PM foi enterrado ontem, às 16h30, no Cemitério dos Jesuítas, em Embu das Artes (Grande São Paulo). Paz será
enterrado hoje (leia abaixo).
O caso será investigado pelo 97º
DP. A polícia apura se outras pessoas que estavam na pizzaria ou
na festa do PM atiraram.
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