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SP 450
Investimento é para os maiores eventos, reformas e instalações; apenas 30% das verbas, no entanto, vêm dos cofres públicos
SP vai gastar R$ 145 milhões com festa
DA REPORTAGEM LOCAL
No ano do 450º aniversário, a
cidade de São Paulo terá um investimento de R$ 145 milhões só
nos maiores acontecimentos, reformas e instalação de equipamentos como as fontes do parque
Ibirapuera (zona sul) e o planetário do parque do Carmo (zona
leste). Desse total, apenas 30%
(R$ 43,5 milhões), no entanto,
vêm dos cofres públicos.
O grosso da verba é bancado
por patrocinadores, de acordo
com Celso Marcondes, presidente
da Anhembi (empresa municipal
de turismo) e do comitê que está
cuidando da festa.
"Nossa verba própria para
eventos é de R$ 5 milhões. Isso
acaba em março. Estamos usando
basicamente para fazer os shows
na periferia, para os quais é mais
difícil encontrar patrocínio", afirma. O gasto com a festa pode parecer alto, mas está 30% aquém
das previsões iniciais da Anhembi, que giravam em torno de R$
205 milhões para 30 grandes incursões na área cultural.
A crise explica a diferença entre
o sonhado e o concretizado. "No
ano passado, encontramos enormes dificuldades por causa do
momento econômico do país",
conta Marcondes. Segundo ele, há
ainda esperança de conseguir algumas parcerias de última hora.
O slogan da prefeitura para as
comemorações dos 450 anos
-declare seu amor à cidade- já
dá uma indireta. "Enquanto o cidadão comum pode fazer a sua
parte não jogando lixo na rua, os
empresários podem investir um
pouco na cidade", diz.
Já estão dando a sua colaboração, por exemplo, todos os grandes bancos do país e a maioria das
empresas de telefonia.
"Se nós conseguirmos, com os
eventos dos 450 anos de São Paulo, selar o casamento entre o turismo de negócios e o turismo cultural, teremos cumprido nossa meta; traremos mais empregos e renda para a cidade."
O que está por trás de todo esse
investimento e mobilização é fazer com que o visitante que costuma vir à capital paulista a trabalho
fique durante o fim de semana.
Marcondes diz que um outro
propósito do investimento é "re-revelar" São Paulo ao paulistano,
ou "tirar da cabeça das pessoas essa idéia de que São Paulo só serve
para trabalhar e, nos fins de semana, bom mesmo é pegar a estrada
e ir para a praia", completa.
(MARIANA VIVEIROS)
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