|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VENDA DE ÓRGÃOS
Acusados de tráfico em PE são libertados
DA AGÊNCIA FOLHA
A juíza Amanda Torres, da 13ª
Vara Federal em Recife (PE), determinou anteontem a liberação
de cinco pessoas que haviam sido
presas em dezembro por acusação de envolvimento em uma rede internacional de tráfico de órgãos. No entendimento da magistrada, os réus não representam
perigo para a ordem pública.
A Polícia Federal, que investiga
o caso, acredita que pelo menos
30 brasileiros, todos de Pernambuco, tenham vendido um dos
rins no exterior. As cirurgias eram
feitas na cidade de Durban, África
do Sul. O vendedor recebia de
US$ 6 mil a US$ 10 mil pelo órgão.
Dos cinco que tiveram a prisão
revogada, três haviam sido detidos por terem comercializado um
dos rins -o pintor de paredes
Marcondes Lacerda, o marceneiro João Cavalcanti e o mecânico
Gérson Ribeiro.
Os outros dois são o médico José Sylvio, acusado de fornecer requisições de exames pré-operatórios aos pacientes, e Eldênia de
Souza, mulher do capitão da reserva da Polícia Militar de Pernambuco, Ivan Bonifácio, um dos
supostos líderes do esquema, que
seria responsável pelo aliciamento dos vendedores de órgãos.
Ainda há seis pessoas presas,
acusadas de participação na suposta quadrilha, à espera de julgamento: dois israelenses, uma advogada, um funcionário público,
uma corretora de imóveis e o capitão Bonifácio.
Um dos presos, o oficial da reserva do Exército de Israel Gelálya
Tamber, afirmou em interrogatório que o grupo recebia dinheiro
do governo israelense. Segundo
Tamber, crenças religiosas restringem os transplantes em Israel,
mas o governo indeniza quem se
submete a esse tipo de cirurgia no
exterior. Ele disse que a idéia surgiu de um israelense identificado
como Ilan. A Embaixada de Israel
negou, em nota, o envolvimento
do país com o esquema de tráfico
internacional de órgãos.
Texto Anterior: Segurança: Advogado preso fazia visita a Beira-Mar Próximo Texto: Trânsito: Falha em sinal causa 3 batidas nos Jardins Índice
|