São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2001

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Facção surgiu no interior

DA REPORTAGEM LOCAL

A facção de presos de São Paulo PCC (Primeiro Comando da Capital) surgiu possivelmente nos anos 90, no CRP (Centro de Reabilitação Penitenciária) de Taubaté (município localizado a 134 quilômetros da capital paulista), local para onde eram transferidos os presos indisciplinados -aqueles que matavam nas prisões ou que lideravam rebeliões nas cadeias do Estado.
Os detentos punidos ficavam no centro de reabilitação em um período de, no máximo, dois anos e meio. Depois desse tempo, eles voltavam para as suas unidades de origem.
Essa transferência explica a expansão da facção criminosa no Estado de São Paulo, de acordo com o promotor Márcio Sérgio Christino.

1993
Em um relatório da Coesp (Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários de São Paulo), que faz parte de um processo na Justiça, é afirmado que o uso da sigla PCC, de Primeiro Comando da Capital, no Complexo Penitenciário do Carandiru, surgiu no ano de 1993, primeiro em boatos e, depois, em um incidente com morte.
"(...)Em 23 de julho de 1995, um fato lamentável ocorreu na unidade: era domingo de visitas, 15 sentenciados intitulando-se membros de tal grupo (...) provocaram um tumulto no pavilhão assassinando (...) Walter Pinto de Magalhães, Adélio Salício e Edivaldo Rodrigues da Silva", consta no documento obtido pela reportagem da Folha.

Liderança
Foi descoberto, posteriormente, que os presidiários Cesar Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e José Ivanilson Mello da Silva, o Trinta e Sete, ambos condenados pela Justiça, haviam liderado essa rebelião no Complexo Penitenciário do Carandiru.
Os dois são citados com os presos Misael Aparecido da Silva e José Eduardo Felício como os atuais líderes do Primeiro Comando da Capital.


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