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Detento passou
informações por
telefone celular
GABRIELA ATHIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Por volta das 21h30 de ontem, a Folha conseguiu falar
com um detento da Penitenciária do Estado, identificado como "Tio". Ele estava
com um telefone celular, que
usava para falar com a sua
advogada.
Tio seria um suposto líder
do PCC (Primeiro Comando
da Capital) e da rebelião.
Segundo o preso, houve
mortes no pavilhão 1 da penitenciária. Depois de responder a apenas três perguntas, ele passou o telefone
a uma das visitantes que
continuavam no local, identificada como Elisete.
Outros presos também
usaram celulares para passar
informações para advogados e familiares que estavam
do lado de fora da Penitenciária do Estado.
Por volta das 23h30, um
deles informou que o pavilhão 3 da penitenciária ainda
não havia sido invadido pelo
Batalhão de Choque da Polícia Militar porque 26 funcionários continuavam sendo
mantidos como reféns.
Leia a seguir a entrevista
feita com Tio:
Folha - O Batalhão de Choque já invadiu o pavilhão 2?
Tio - Já, mas as visitas continuam aqui com a gente e
está todo mundo bem. Se as
visitas saírem, a gente tem
medo de morrer.
Folha - Houve mortes no pavilhão 1?
Tio - Só depois que as visitas saíram.
Folha - E no pavilhão 3?
Tio - O terceiro está pegando fogo. Fala aqui com uma
das visitas.
Elisete - A PM já invadiu o
pavilhão 2, mas a gente tá fazendo uma barreira. Eu quero entrar ao vivo para ver se
a gente protege os meninos.
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