São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Alto escalão" está em Taubaté

DA FOLHA VALE

Cinco detentos acusados de integrar o "primeiro escalão" do PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que atua nos presídios do Estado de São Paulo, foram transferidos na sexta-feira passada da Casa de Detenção de São Paulo para a Casa de Custódia de Taubaté.
A transferência ocorreu após a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária tê-los responsabilizado pela rebelião de presos ocorrida na Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte da capital, na semana passada.
A remoção foi determinada pelo secretário estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, porque eles teriam comandado o motim.
Foram transferidos para a Custódia os detentos Jonas Mateus, Edmir Volleti, Idemir Carlos Ambrósio, Flávio Aparecido da Silva e Orlando Mota Júnior.
Todos eles estavam em Taubaté, em dezembro, quando uma rebelião, iniciada no dia 17 daquele mês e encerrada após 36 horas, destruiu a Casa de Custódia e provocou a morte de nove detentos -três deles decapitados.
Na ocasião, Francisco de Assis Pereira, conhecido como o maníaco do parque, estava entre os presos de Taubaté.

Liderança
Durante a rebelião, Mateus chegou a ser apontado por agentes penitenciários da Casa de Custódia como o líder do movimento e o autor de vários assassinatos durante o motim.
Já Ambrósio, conhecido como Sombra, seria um dos principais líderes do PCC, organização que vem aumentando sua influência nos presídios do Estado de São Paulo e que é acusada pela polícia estadual de ter ligações com o tráfico de drogas.
A Casa de Custódia de Taubaté (município a 130 km a nordeste da capital paulista), que ficou destruída durante a rebelião de dezembro, ainda está sendo reformada. O presídio é considerado de segurança máxima.


Texto Anterior: Detento passou informações por telefone celular
Próximo Texto: Solução é isolar líderes, dizem secretários
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.