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"Alto escalão" está em Taubaté
DA FOLHA VALE
Cinco detentos acusados de integrar o "primeiro escalão" do
PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa que
atua nos presídios do Estado de
São Paulo, foram transferidos na
sexta-feira passada da Casa de
Detenção de São Paulo para a Casa de Custódia de Taubaté.
A transferência ocorreu após a
Secretaria de Estado da Administração Penitenciária tê-los responsabilizado pela rebelião de
presos ocorrida na Casa de Detenção de São Paulo, na zona norte
da capital, na semana passada.
A remoção foi determinada pelo secretário estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, porque eles teriam comandado o motim.
Foram transferidos para a Custódia os detentos Jonas Mateus,
Edmir Volleti, Idemir Carlos Ambrósio, Flávio Aparecido da Silva
e Orlando Mota Júnior.
Todos eles estavam em Taubaté,
em dezembro, quando uma rebelião, iniciada no dia 17 daquele
mês e encerrada após 36 horas,
destruiu a Casa de Custódia e provocou a morte de nove detentos
-três deles decapitados.
Na ocasião, Francisco de Assis
Pereira, conhecido como o maníaco do parque, estava entre os
presos de Taubaté.
Liderança
Durante a rebelião, Mateus chegou a ser apontado por agentes
penitenciários da Casa de Custódia como o líder do movimento e
o autor de vários assassinatos durante o motim.
Já Ambrósio, conhecido como
Sombra, seria um dos principais
líderes do PCC, organização que
vem aumentando sua influência
nos presídios do Estado de São
Paulo e que é acusada pela polícia
estadual de ter ligações com o tráfico de drogas.
A Casa de Custódia de Taubaté
(município a 130 km a nordeste
da capital paulista), que ficou destruída durante a rebelião de dezembro, ainda está sendo reformada. O presídio é considerado
de segurança máxima.
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