|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ribeirão teve três motins
DA FOLHA RIBEIRÃO
Nas cidades de Ribeirão Preto e
Araraquara, interior de São Paulo, houve rebelião em quatro cadeias e penitenciárias.
Até o final da tarde de ontem,
havia cerca de 750 presos amotinados e 70 pessoas eram mantidas como reféns, a maioria familiares dos presos na Penitenciária
de Ribeirão (319 km de SP).
Os detentos das outras duas cadeias do município, Vila Branca e
Cadeia Pública unidade 2, também se rebelaram.
Na Cadeia Pública de Vila Branca, que deveria estar desativada
desde novembro, 271 presos estavam amotinados e havia pelo menos 200 mulheres e crianças no local até o final da tarde. Já na cadeia
2, havia mais de 500 presos rebelados e 200 familiares.
Araraquara
Cerca de 260 pessoas foram feitas reféns ontem na Penitenciária
de Araraquara (282 km de SP),
sendo 240 visitantes adultos e cerca de 20 funcionários. O total de
crianças não havia sido informado até o início da noite.
Os presos estavam com armas
calibre 9 milímetros e granadas
-segundo a Polícia Militar- e
tomaram o prédio da administração, de onde se comunicaram
com os detentos de outras penitenciárias do Estado, que também
enfrentaram rebeliões.
Nenhuma reivindicação havia
sido feita pelos detentos, que permaneceram dentro dos prédios,
impedindo a PM de ver o que
ocorria na unidade.
Dos 766 presos da unidade, pelo
menos 50 pertencem ao PCC, que
lidera as áreas consideradas estratégicas da penitenciária, como a
cozinha e a faxina.
Cerca de 150 policiais civis e militares -incluindo o canil da
PM- fizeram o cerco do prédio,
desde que o tumulto foi iniciado,
por volta das 13h.
De acordo com o sargento da
PM José Cláudio Pereira Ramos,
diversos presos tentaram fugir
quando a rebelião foi iniciada,
mas nenhum teria conseguido.
No final da tarde de ontem, reforços de armas e policiais entraram na penitenciária.
Texto Anterior: Tendência é situação se agravar Próximo Texto: Em Tremembé, 827 se rebelaram Índice
|