São Paulo, quinta, 19 de fevereiro de 1998

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Viagem Rio-SP vira aventura

FERNANDO ROSSETTI
enviado especial ao Rio

A ponte aérea Rio-São Paulo virou uma espécie de aventura após a interdição do Santos Dumont e o início da temporada de enchentes na "cidade maravilhosa".
Com as chuvas desta terça-feira à tarde, por exemplo, quem saísse do centro da cidade para ir ao Galeão levava no mínimo uma hora de carro -uma vez e meia o tempo do vôo a São Paulo.
Já no Galeão, cadê a ponte aérea? Ninguém sabe. Há até uma placa que informa: "2º andar, setor verde". Mas só duas ou três perguntas depois é que se consegue chegar ao guichê de cor certa.
"Eu acho que o vôo está com uma hora de atraso", diz a atendente ao entregar um cartão de embarque onde se lê "20h30".
A próxima missão -encontrar o portão de embarque- é mais fácil: basta procurar a multidão.
Apesar da espera anunciada, não dá para ficar na lanchonete: as TVs com horários de partida não trazem dados sobre a ponte aérea.
Às 21h30, os alto-falantes informam que o embarque será feito em outro portão. A multidão -agora de passageiros das 20h30 e das 21h15- sai correndo, talvez temendo ficar sem assento.
Às 21h45, avião lotado, fecham-se as portas, e nada. Nem um arzinho. A temperatura sobe. As pessoas começam a se abanar. O piloto anuncia: o aeroporto tem poucos geradores e, no momento, está faltando um para ligar o avião -e o ar-condicionado. O vôo só parte às 22h.



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