São Paulo, quinta, 19 de fevereiro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Serviço agiliza troca de bloco

FABIO SCHIVARTCHE
enviado especial a Salvador

Dias antes do primeiro trio elétrico correr a avenida à beira-mar, carregando multidões, anunciando o início oficial do Carnaval em Salvador, já há foliões trocando seus abadás -a fantasia (geralmente uma camiseta) que dá direito a participar de um bloco.
Essas pessoas que decidem na última hora trocar de bloco ou que preferem pular atrás de vários trios, em vez de apenas um, dispõem, desde o ano passado, de um serviço informatizado para facilitar a mudança.
Pelo telefone (071) 900-6556, ao preço de R$ 3,95 por minuto, a pessoa insatisfeita com seu abadá fornece informações pessoais que ficam arquivadas em um banco de dados e recebe telefones de outras pessoas interessadas em negociar sua fantasia.
Só em 1997, o Disque Troca-Troca Abadá realizou mais de 5 mil trocas. Segundo a coordenadora administrativa da empresa, Viviane Marçal, este ano o serviço já recebeu mais de 200 ligações.
A estudante Ana Maria Fernandes, 15, se classifica como uma "foliã arrependida". Ela comprou, por R$ 260, um abadá do Coco Bambu para pular quatro dias. "Agora, mudei de idéia e quero curtir dois dos quatro dias junto a amigos atrás de outro trio elétrico."

Abadá com ágio
Algumas pessoas conseguem lucrar com a negociação dos abadás. O publicitário Mário Matos Fonseca, 34, ganhou R$ 100 para trocar de fantasia com uma amiga.
"Ela disse que não iria no bloco do qual comprou o abadá e decidiu mudar de trio, mas eu falei que só trocaria com uma grana extra. Ela topou e fizemos negócio", afirma Fonseca.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.