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Colegas andam escoltados
DA AGÊNCIA FOLHA
A repercussão do assassinato
do juiz-corregedor Antonio José
Machado Dias, 47, está levando
magistrados a darem maior atenção à sua segurança.
Em Presidente Prudente (SP),
palco da emboscada de que Dias
foi vítima na sexta-feira passada, a
maioria dos dez promotores e dos
dez juízes das cinco varas cíveis,
três criminais e uma de execução
penal passaram a andar escoltados, o que antes dispensavam.
Juízes de Marília também se
mobilizaram e conseguiram um
reforço da sua segurança e da vigilância do prédio do fórum. "Uma
situação dessa natureza nos coloca numa posição defensiva", declarou o juiz-corregedor, Décio
Divanir Mazeto.
O Tribunal de Justiça e a Secretaria da Segurança Pública de São
Paulo estão elaborando um projeto para reforçar a proteção aos
juízes e aos fóruns do Estado, que
deve ser divulgado nesta semana.
Segundo o tribunal, há 34 juízes-corregedores no interior e 12
na capital, que são os responsáveis pelos casos de execução penal, ou seja, decidem se atendem
ou não aos pedidos dos presos.
Do efetivo de 90 mil soldados da
Polícia Militar, 785 estão à disposição do Poder Judiciário.
Outros Estados
No Espírito Santo, o governador
Paulo Hartung (PSB) determinou
desde ontem que todos os juízes
envolvidos em processos contra o
crime organizado tenham proteção da PM.
Os dois juízes prisionais que lidam com os inquéritos receberão
escolta durante todo o dia. Os familiares dos magistrados também
serão protegidos.
Em Alagoas, três juízes, um promotor e um ex-governador dispõem de escolta fornecida pela
PM. No caso do juiz Hélder Loureiro, um carro da polícia também compõe o aparato.
Todos tiveram atuação destacada nas investigações e prisões de
integrantes da "gangue fardada",
quadrilha formada basicamente
por PMs que praticavam assassinatos de aluguel, extorsão de dinheiro e roubo de carros e bancos.
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