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BATALHA NA PAULISTA/PM
Antes da chegada de reforço, apenas 80 policiais estavam na avenida contra 7.000 manifestantes
Polícia subdimensiona a manifestação
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Militar subdimensionou a manifestação dos servidores públicos ao avançar pela avenida Paulista antes da chegada de
reforço. Eram 80 policiais contra
quase 7.000 manifestantes pela estimativa da própria corporação.
A segunda falha foi a falta de
coordenação das equipes ao tentar conter o avanço do protesto
para os dois lados da pista. Os policiais deram as costas para os servidores públicos que saíam da
avenida e, em determinado momento, quase foram cercados.
O que se viu em seguida foram
sucessivos confrontos, bombas
estourando e fumaça. Os PMs
acabaram vítimas das próprias
bombas de gás lacrimogênio e de
efeito moral, arremessadas de
volta pela multidão.
Relatório da PM enviado à Secretaria da Segurança Pública, sobre a situação da manifestação às
12h, informou que 40 policiais do
choque, 10 do policiamento a pé e
30 de forças táticas acompanhavam a manifestação. Até esse momento, a situação do protesto era
considerada tranquila.
Logo que a confusão começou,
a comando da tropa de choque
enviou mais quatro pelotões (120
homens) para a avenida Paulista.
No total, 300 PMs estavam no local quanto terminaram os confrontos com os manifestantes,
após 50 minutos de guerra.
O saldo da luta: 15 civis e 5 PMs
feridos. O número poderia ser
ainda maior porque a Secretaria
da Segurança Pública não havia
fechado o balanço do protesto ontem à noite.
Segundo oficiais da PM ouvidos
ontem pela Folha, a desocupação
da via deveria ser feita acompanhada de mais policiais, pelo menos o dobro.
O comando da PM, por meio de
sua assessoria, negou que tenha
subdimensionado a manifestação
na avenida Paulista.
""O efetivo era para acompanhar
apenas o ato dos servidores. Vamos avaliar depois se houve alguma falha de planejamento", disse
o secretário da Segurança Pública,
Marco Vinicio Petrelluzzi.
A tropa de choque atua, normalmente, com cassetetes e escudos para conter tumultos. Há um
grupo que vem atrás deles, equipado com lançadores de bombas
e carabina calibre 12 carregada
com balas de borracha.
As lideranças do protesto de ontem afirmam que foram atacados
primeiro pela PM. Por isso, alguns teriam revidado atirando
cocos, pedras e latas nos policiais
da tropa de choque.
Já a PM disse que revidou os
ataques. ""Se houve abuso, eventualmente, por parte de algum
policial, é lógico que vamos verificar, como sempre fazemos nesse
tipo de caso", disse Petrelluzzi.
Assessores do secretário gravaram as imagens do confronto
transmitido pelas TVs.
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