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OUTRO LADO
Diretor nega troca de rótulos das bolsas
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor técnico do Ihene,
Clemente Tagliari, admitiu que
o instituto entregou bolsas de
sangue Rh positivo a pacientes
com Rh negativo. Mas negou
que os rótulos com a identificação do tipo sanguíneo tenham
sido trocados.
Tagliari apresentou documento do presidente da Associação Brasileira de Bancos de
Sangue, Paulo Tadeu de Almeida, informando que há situações em que é possível um paciente positivo receber sangue
com fator Rh negativo.
Embora a associação indique
que essa transfusão exige comunicação ao médico do paciente, Tagliari ressaltou que
nem sempre é fácil encontrar
um médico de madrugada.
"Não se pode é deixar o paciente morrer por isso."
O Ihene funciona em Recife
há três anos. Segundo Tagliari,
desde 97 o instituto faz 2.500
coletas e de 5.000 a 7.000 transfusões por mês. "Nunca houve
nenhuma queixa."
Ontem os advogados de Tagliari recorreram à Justiça para
tentar reabrir o instituto.
O processo administrativo
sanitário contra o Ihene foi
aberto ontem. A interdição pode durar até 90 dias.
A direção do instituto tem 15
dias para apresentar a sua defesa. O Ihene fornecia sangue para 56 hospitais.
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