São Paulo, terça, 19 de maio de 1998

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Para delegado, sistema é simples e barato

da Reportagem Local

O sistema de bloqueio de carteiras de identidades é simples e barato, segundo o delegado Carlos Antonio Guimarães de Sequeira.
Segundo ele, o custo do software é baixo, pois faz parte do pacote de informatização que a Prodesp desenvolve para a polícia. "Vai custar o equivalente a quatro ou seis microcomputadores."
Hoje, quando alguém perde ou tem o RG roubado, é preciso ir até a delegacia registrar a ocorrência, mas nada impede que o documento seja usado indevidamente. Com o novo sistema, Sequeira garante que isso não será mais possível.
O procedimento inicial -registro da ocorrência- continuará o mesmo. O que vai mudar é o procedimento adotado pela polícia.
Assim que for comunicado de um roubo, furto ou perda de carteira de identidade, o delegado será obrigado a comunicar o instituto de identificação.
Em seguida, o instituto processará a informação e a armazenará no cadastro criminal e civil da Prodesp. Quando alguém for preso com documento alheio, a descoberta da farsa será imediata.
Bastará apenas o delegado puxar os dados cadastrais no computador para descobri-la, pois a tela irá informá-lo que o número do RG está bloqueado por algum motivo.
Descoberta a fraude, as impressões digitais do criminoso são colhidas para poder identificá-lo, e o documento é inutilizado. Assim, o verdadeiro dono do RG, que a essa altura já teria feito uma segunda via da carteira, não corre nenhum risco de acabar sendo preso.
No caso de lojas e bancos, o procedimento também é simples. Assim que o disque-RG estiver funcionando, bastará o lojista ou o funcionário do banco acessar o serviço e verificar se existem restrições em relação ao documento apresentado por algum cliente.
Segundo Sequeira, o sistema também é protegido contra fraudes. Se, por algum motivo, alguém fizer uma falsa comunicação de furto, roubo ou perda do documento, a farsa será descoberta assim que a pessoa for parada pela polícia em uma blitz normal.
Ao ser feita a identificação por meio das impressões digitais, a polícia vai descobrir a tentativa de fraude. Nesse caso, o verdadeiro dono do RG acaba na cadeia, por falsa comunicação de crime. (CA)



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