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Contaminação foi descoberta na Alemanha
do Conselho Editorial
A história da interdição do depósito de cal da Solvay começa,
na verdade, na Alemanha, no
ano passado.
As autoridades locais descobriram níveis alarmantes de
contaminação do leite e da manteiga por dioxina. Exaustivas
pesquisas levaram a localizar na
ração diária do gado a fonte de
contaminação: o CPP (Citrus
Pulp Pellets ou farelo de polpa
cítrica), utilizado na ração, continha concentrações 10 e até 12
vezes superiores ao máximo tolerado pelas autoridades sanitárias européias.
Em abril de 1998, a Comissão
Européia, o braço executivo do
conglomerado de 15 países europeus, proibiu a importação da
CPP brasileira.
No ano anterior, mais de 1,3
milhão de toneladas tinham sido expedidas pelo porto de Santos, e a Europa chegou a acumular 94.900 toneladas de CPP,
além de 11 mil toneladas de ração contendo farelo brasileiro.
O passo seguinte foi tentar determinar exatamente a causa da
contaminação. Descartou-se,
inicialmente, que ela pudesse ter
ocorrido no processo de cultivo
da laranja. A hipótese seguinte
foi a do uso de tetracloroetileno
no óleo combustível usado no
sistema de secagem da polpa da
fruta. Também essa suspeita foi
afastada.
Foi então que se chegou à cal
utilizada para absorver água da
polpa e, com isso, torná-la mais
neutra para uso na ração animal.
Daí em diante, laboratórios
europeus como o Ergo (Hamburgo, Alemanha) e técnicos do
Ministério da Agricultura do
Brasil partiram para o passo final, que chegou à duas conclusões: a produtora do cal contaminado é a Solvay e a empresa
que vendeu o produto contaminado é a Carbotex.
(CR)
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