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Apreensão de
anfetamina
cresce 955%
da Reportagem Local
As apreensões mundiais de anfetaminas cresceram 955% em seis
anos. Em 20 anos, o confisco da
droga tem aumentado uma média
de 22% a cada 12 meses.
Os dados são do UNDCP (Programa das Nações Unidas para o
Controle Internacional de Drogas). O programa identificou também que o tráfico das anfetaminas
está concentrado basicamente entre Europa, extremo Oriente e
América do Norte.
As apreensões mundiais dessas
drogas sintéticas (sem contar o
ecstasy) aumentaram de 281 quilos em 1976 para 1,4 tonelada em
1990. Em 95, as apreensões saltaram para 5,5 toneladas e em 96
atingiram 14,5 toneladas.
Isso equivale a um crescimento
anual médio de 22%, de 1976 a
1996. Essa taxa é superior à da heroína -13%, segundo o UNDCP.
Na década de 90, a taxa de crescimento anual médio das apreensões das anfetaminas ilegais aumentou 48%. "Nenhuma outra
substância teve uma taxa de crescimento tão alta nesse período",
diz o relatório do UNDCP.
Das 14,5 toneladas da droga sintética apreendidas em 1996, 56%
foram apreendidas na Europa,
31%, na Ásia (desses, 11% só na
China), 10%, na América do Norte
e 2%, na Austrália. O 1% restante
foi apreendido entre África,
Oriente Médio e América Latina.
"Existem aquelas drogas, como
heroína, cocaína e maconha, que
você pode controlar na fonte, porque é uma planta. O controle das
anfetaminas é muito mais difícil.
Nesse caso, tem de entrar um trabalho preventivo e educativo",
disse o chefe de operações do
UNDCP, Giovanni Quaglia.
Para o presidente do Confen
(Conselho Federal de Entorpecentes), Luiz Matias Flach, a predominância das anfetaminas no eixo
América do Norte-Europa-Ásia
"coloca muitos países desenvolvidos na ponta da produção das
drogas em difusão."
Drogas & roubos
Pesquisa da organização não governamental argentina Fundação
Manantiales revela que 91% dos
dependentes de drogas roubam
para manter o vício.
O levantamento -feito com 107
usuários que fazem tratamento na
fundação, que funciona na Argentina e no Uruguai- se refere a furtos dentro da própria família.
É o caso, por exemplo, de jovens
que roubam jóias, dinheiro e objetos da família para trocá-los por
droga. A pesquisa mostrou ainda
que 83% dos entrevistados disseram ter roubado fora de casa para
poder comprar droga.
O Ministério da Saúde da Argentina estima em 1 milhão o número
de dependentes de álcool. Calcula-se que o narcotráfico movimente US$ 7 milhões diariamente.
De acordo com a fundação, a Argentina gasta US$ 1,5 milhão por
ano com as consequências do alcoolismo e das drogas.
"Há necessidade de os governos
investirem em prevenção. Dados
do Departamento de Estado dos
EUA mostram que só 15% do tráfico de drogas no mundo podem ser
combatido com a repressão", disse o coordenador da Fundação
Manantiales, Pablo Rossi.
(AL)
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