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Diretor nega falha em manutenção
da Reportagem Local
O diretor de operações do Metrô, Paulo Celso Mano Moreira da
Silva, 54, disse ontem que o disco
de freio que se soltou de um dos
vagões "foi trocado há aproximadamente 30 dias". Por enquanto,
essa é considerada a provável causa do acidente.
Silva afirmou que o disco de
freio tem uma vida útil de "10 mil
a 15 mil quilômetros". Segundo o
diretor de operações, cada trem
roda por mês, em média, 300 quilômetros.
Silva rebateu as acusações do
Sindicato dos Metroviários e do
deputado estadual Carlos Zarattini (PT) de que a falta de mão-de-obra tenha contribuído para o
acidente.
Ele admitiu, porém, que "parte
da manutenção é terceirizada",
mas observou que isso acontece
"há muitos anos". De acordo com
o diretor de operações, o Metrô
mantém contratos com empresas
para a manutenção de motores de
tração, sistema de ventilação e
limpeza de vias.
"A substituição do serviço de
freios, por exemplo, é feita por
funcionários da própria companhia", afirmou. "As críticas que o
sindicato e o deputado estão fazendo são descabidas e acabam
gerando desconfiança contra colegas de serviço."
Silva afirmou que o PDV (Plano
de Demissões Voluntária) aberto
no mês passado excluiu da adesão
funcionários da operação e da
manutenção. "A maioria que se
desligou era engenheiro e chefe."
Ele também aproveitou para
criticar Zarattini, que foi secretário-geral do sindicato. "Ele fala o
que quer. Mas uma classe em que
menos se pode confiar é a dos deputados", afirmou o diretor do
Metrô.
Quanto à participação da Alsthon na companhia, Silva disse
que a empresa não faz manutenção no Metrô. "Ela fornece trens
novos", disse. De acordo com Silva, "não há planos para contratá-la para serviços de manutenção".
O diretor de operações afirmou
que a acusação do Sindicato dos
Metroviários de reaproveitamento de peças também não procede.
"Não existe falta de peças e não
seríamos loucos de reutilizá-las."
Moreira da Silva afirmou que
será feita uma investigação para
determinar o que realmente provocou o acidente.
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