São Paulo, Terça-feira, 19 de Outubro de 1999
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Usuários ficam desorientados

da Reportagem Local

Moradores da capital e visitantes que chegavam de viagem no terminal rodoviário do Tietê, estação que fica no meio do trecho afetado pela pane, foram surpreendidos pela falta de metrô e também pela dificuldade para obter informações.
Mal sinalizado, o corredor de acesso às plataformas do metrô tinha apenas uma placa com um cartaz explicando que os trens não estavam circulando entre as estações Tucuruvi e Tiradentes. O motivo do problema, segundo a placa, era um lacônico "técnico", escrito em letras vermelhas.
Aturdidas, pessoas vindas do interior e de outros Estados, acostumadas a usar o metrô, se sentiam perdidas, sem ter a quem pedir informações.
Foi o caso do piauiense José de Ribamar França, 46, que havia acabado de chegar de Teresina para resolver negócios em São Paulo. "Onde é que eu compro os bilhetes? Tá tudo fechado."
França dizia ter passado por quatro bilheterias da estação -todas estavam fechadas e, em nenhuma delas, era possível descobrir as causas da paralisação. Ele afirmou também que não viu o cartaz no corredor.
Recém-chegada de Curitiba, a estudante Kelly Cristine da Silva, 17, desistiu de pegar ônibus por estar carregando uma mala. "Resolvi pedir para alguém vir me buscar porque os ônibus estão muito cheios", disse, enquanto aguardava a vez na fila do orelhão.
Quem podia, optava por táxis, que mal paravam nos pontos e já partiam. Não era o caso de Ricardo Dantas, 29, que veio buscar cinco parentes, que haviam chegado de Recife, e seguiria para o Jabaquara (zona sudoeste).
"Já gastei R$ 20 com dois bilhetes múltiplos de dez do metrô", disse, enquanto esperava a passagem de um ônibus mais vazio, onde pudesse colocar as malas.
O desempregado Antônio Marcos Pirino, 25, havia acabado de chegar de Governador Valadares (MG) e tinha que ir até Aricanduva (na zona leste).
Ele foi informado de que poderia pegar um ônibus que passava na avenida até a Penha, mas não sabia que podia ir até a estação da Luz e seguir de metrô até a estação do bairro.
Mesmo os usuários de ônibus foram prejudicados, caso do estudante Maurício Alan, 21, que ia para o Ipiranga (zona sudeste). "O trânsito está muito lento e o meu ônibus atrasou", disse. (MO)

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