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Portador precisa receber treinamento
da Reportagem Local
A pesquisa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo
mostra que a maioria das pessoas
que reagiu a assalto e saiu ilesa era
formada por policiais.
Segundo o levantamento, apenas 13,8% das vítimas tiveram sucesso em tentar evitar o roubo
portando uma arma de fogo. Entre essas pessoas, 57,1% eram policiais.
"Esse dado revela que a arma de
fogo só é eficaz quando o usuário
tem treinamento apropriado. Os
poucos que conseguem um resultado positivo em uma reação com
uma arma de fogo são policiais",
diz o sociólogo Renato Lima.
"A pessoa que porta uma arma,
sem treinamento, não está protegida. É necessário haver um treinamento especial para situações
de confronto. E isso, geralmente,
acontece com policiais", afirmou
a coordenadora de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, Ana
Sofia Schmidt.
Mesmo no grupo pesquisado
em que as vítimas conservaram a
vida, 48% das que estavam armadas acabaram feridas.
"Esses dados são indicativos de
que o cidadão que porta uma arma e procura reagir a um roubo
tem mais chance de ser atingido,
sendo ferido ou morto, assim como envolver outras pessoas", diz
o relatório.
"É legítimo concluir que as armas de fogo, antes de serem instrumento de defesa de quem as
porta, são componentes fundamentais de um desfecho ainda
mais violento para os crimes que
acontecem na cidade de São Paulo", conclui a pesquisa.
PMs mortos
Mesmo sendo o policial treinado para usar armas de fogo, números da Polícia Militar mostram
uma elevada quantidade de policiais mortos, em serviço ou no
horário de folga (quando fazem
os chamados bicos).
De acordo com a comunicação
social do Comando Geral da Polícia Militar, este ano morreram 31
policiais militares em serviço e
214 no horário de folga. Policiais
costumam trabalhar como segurança no horário de folga.
Os dados disponíveis são de janeiro até o final do mês de setembro.
(AL)
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