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EDUCAÇÃO
Reunião de cientistas sociais termina no sábado
Governo FHC é tema de encontro de ciências sociais em Caxambu
FERNANDO DE BARROS E SILVA
da Reportagem Local
O 23º encontro da Anpocs (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), a mais importante reunião
das ciências sociais no Brasil, começa hoje em Caxambu, Minas
Gerais, tendo como principais temas de discussão o revés atual do
governo Fernando Henrique Cardoso, por um lado, e o papel público do intelectual, por outro.
"A responsabilidade do intelectual, o poder e a conjuntura política serão os assuntos mais quentes, dos quais a comunidade acadêmica não pode se alhear", diz o
secretário-geral da Anpocs, Sérgio Adorno, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência e
professor do departamento de sociologia da USP.
O governo FHC é alvo de uma
mesa-redonda na sexta-feira intitulada "Conjuntura Política",
coordenada pela presidente da
Anpocs, a cientista política Argelina Figueiredo, pesquisadora do
Cebrap (Centro Brasileiro de
Análise e Planejamento).
Também na sexta-feira outras
duas mesas-redondas discutem
"O Intelectual Público no Século
21" e a "Reforma do Ensino Superior e Políticas Públicas", este último um dos capítulos mais controversos do governo FHC, acusado frequentemente pelo meio
acadêmico de não ter políticas
claras para universidade pública.
A Anpocs deve eleger hoje à
noite seu novo presidente, o cientista político Renato Boschi, do
Iuperj (Instituto Universitário de
Pesquisas do Rio de Janeiro), que
passa a exercer a função, por dois
anos, após o término do encontro, no sábado.
Serão lançados na Anpocs três
livros sobre "O Que Se Deve Ler
em Ciências Sociais no Brasil nos
Últimos 25 Anos", um para cada
área (sociologia, ciência política e
antropologia), que abarca a produção nacional entre 1970 e 1995.
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