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Falta de estrutura engessa a UFRJ
DA SUCURSAL DO RIO
A crise fez com que a UFRJ perdesse para a UFPA o título de
maior universidade federal do
país, levando em conta o número
de alunos na graduação.
O reitor em exercício da UFRJ,
Sérgio Fracalanzza, afirma que a
precária infra-estrutura da instituição tem sido o maior entrave à
expansão das vagas na graduação.
Em 2002, a UFRJ chegou a ter a
luz de quase toda a universidade e
o telefone de algumas unidades
cortados por falta de pagamento.
"A meta da UFRJ é expandir o
número de vagas, mas sem perder
a qualidade. No entanto, vivemos
uma crise de infra-estrutura.
Quando você aumenta o número
de vagas, aumenta também a demanda por infra-estrutura. Por
essa razão, é quase impossível
pensar, de imediato, em aumento
de vagas", diz Fracalanzza.
Apesar das dificuldades, o reitor
em exercício (o reitor, Carlos Lessa, licenciou-se para assumir o
BNDES) diz que a universidade
tem um plano para aumentar em
15% as vagas na graduação. Para
isso, a instituição quer diminuir o
número de vagas ociosas e aproveitar a estrutura da universidade
para oferecer cursos noturnos.
"No caso dos cursos noturnos, o
problema é a falta de segurança.
Além disso, precisaremos do governo federal para aumentar as
vagas sem perder qualidade", diz.
Na UFPA, o reitor Alex Fiúza de
Mello também faz coro às críticas
de falta de recursos e de infra-estrutura para expandir com qualidade. Segundo Mello, a UFPA
conseguiu crescer por causa da
oferta de novos cursos na área de
licenciatura no interior do Pará e
aumentando a relação de professores por alunos.
"A partir de 1986, a UFPA teve o
apoio do governo estadual e dos
municípios do Pará para expandir os cursos de licenciatura. Naquele ano, só 2% dos professores
da rede pública paraense tinham
licenciatura plena." Hoje, diz Mello, a porcentagem de professores
com licenciatura plena no Estado
chega a 30% na rede pública.
"A expansão para o interior foi
muito difícil para nós porque tivemos que reduzir vagas de Belém.
Hoje, temos dificuldades de repor
essas vagas na capital", afirma.
A UFPA tem dez campi e 33 mil
alunos atualmente. Em 1990, o
número de alunos era de 20 mil.
Mas o quadro de docentes permaneceu o mesmo: 1.600 professores. "Temos um professor para 21
alunos. A média nacional é de um
para 11 [nas federais]."
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