KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O turista pernambucano Sandro Romero Pereira, 38, morreu ontem em um acidente na praia de Cumbuco, em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, quando praticava pára-sail -esporte em que o cliente, preso a uma espécie de pára-quedas, é puxado por um veículo ou lancha, atingindo até 40 metros de altura.
A mulher dele, a paulista Juliana Paloma Santos, 31, que o acompanhava, teve fratura exposta e foi operada no final da tarde. Seu estado era estável.
Os turistas estavam sendo puxados por um bugue na orla da praia de Cumbuco, onde há inclusive dunas. No trajeto, o cabo que os prendia ao veículo rompeu.
Eles caíram de uma altura de cerca de 20 metros. O resgate foi feito por um helicóptero da Polícia Militar. Ainda na tarde de ontem, foram ouvidas pessoas que trabalham com o bugueiro que levava o casal. O motorista fugiu.
Não há regulamentação para a prática do esporte, que não é considerado muito perigoso. Segundo Cláudio Landim, da Associação Cearense de Pára-Quedismo, é necessário bom senso e alguma experiência, tanto do motorista do veículo como dos que partem para o vôo, para verificar as condições climáticas. "O ideal é fazer um passeio quando o vento está brando, com até 15 km/h. O vento estava muito forte e isso deve ter sido a causa do rompimento do cabo que prendia os dois turistas ao veículo", afirmou Landim.
No Ceará, há a prática regular do pára-sail na praia de Canoa Quebrada, em Aracati. "De resto, é o bugueiro que tem o equipamento e faz o passeio", disse.


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