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MUDANÇA DE HÁBITO
Similares só são receitados se exigidos
Pressão de paciente muda visão médica
da Reportagem Local
O paciente precisa pedir receitas com similares se quiser
pagar mais barato pelos remédios. Grande parte dos médicos paulistas não costuma
prescrever esse tipo de medicamento por iniciativa própria.
Além da falta de hábito e de
preparação, alguns confundem
similares com genéricos e a
maioria afirma que desconfia
de laboratórios pouco conhecidos no mercado.
O gastroenterologista e cirurgião Francisco Pagliaro acha
estranho quando a diferença
de preços entre remédios é
grande, mas diz que existem
medicamentos que custam até
50% menos e são tão bons
quanto os originais.
Se um paciente reclama, os
médicos dizem que receitam
um similar mais barato. Mas,
segundo a ginecologista e obstetra Márcia Tabacow, os profissionais nem sempre estão informados dos preços cobrados
pelas farmácias.
Para ela, existem médicos
que não se preocupam com a
situação financeira do paciente. "Às vezes o médico nem sabe que o remédio da receita é o
mais caro. Há coisas que não se
aprende na faculdade", diz.
Uma exceção é o cardiologista e clínico geral Paulo de Toledo Barros. Ele afirma que coloca sempre dois similares na receita. Para o médico, é uma
questão de consciência.
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