São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2000


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MUDANÇA DE HÁBITO
Similares só são receitados se exigidos
Pressão de paciente muda visão médica

da Reportagem Local

O paciente precisa pedir receitas com similares se quiser pagar mais barato pelos remédios. Grande parte dos médicos paulistas não costuma prescrever esse tipo de medicamento por iniciativa própria.
Além da falta de hábito e de preparação, alguns confundem similares com genéricos e a maioria afirma que desconfia de laboratórios pouco conhecidos no mercado.
O gastroenterologista e cirurgião Francisco Pagliaro acha estranho quando a diferença de preços entre remédios é grande, mas diz que existem medicamentos que custam até 50% menos e são tão bons quanto os originais.
Se um paciente reclama, os médicos dizem que receitam um similar mais barato. Mas, segundo a ginecologista e obstetra Márcia Tabacow, os profissionais nem sempre estão informados dos preços cobrados pelas farmácias.
Para ela, existem médicos que não se preocupam com a situação financeira do paciente. "Às vezes o médico nem sabe que o remédio da receita é o mais caro. Há coisas que não se aprende na faculdade", diz.
Uma exceção é o cardiologista e clínico geral Paulo de Toledo Barros. Ele afirma que coloca sempre dois similares na receita. Para o médico, é uma questão de consciência.


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