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Morto acumulava pena de 243 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Mecânico de profissão, o paulistano Misael Aparecido da Silva
foi um dos fundadores do PCC
-surgido na Casa de Custódia de
Taubaté, no começo da década de
90- e acumulava a maior pena a
cumprir entre os chefes da facção:
243 anos, um mês e 18 dias.
Teria sob seu comando direto
cerca de 20 mil homens, segundo
advogados da organização.
Ele começou sua vida criminosa
em 1979 -tinha 19 anos-, assaltando pedestres e pequenos mercados na capital paulista. Foi preso, mas saiu da cadeia. Passou a
cometer latrocínios -a primeira
vítima foi em Araraquara.
Daí em diante foram diversos
homicídios, estupros, flagrantes
de tráfico etc. Renderam-lhe 50
páginas de prontuário onde estão
registrados 57 inquéritos e 29
condenações em andamento. Se a
pena no país não fosse limitada a
30 anos, a condenação só terminaria em janeiro de 2223.
Nas ruas, seu último crime foi
no final de 1985, quando foi preso
definitivamente, segundo o governo. Na cadeia, respondeu por
pelo menos mais três homicídios.
Passou por presídios na capital
paulista, em Presidente Bernardes, em Mirandópolis, em Guarulhos, em Taubaté, em Iaras, em
Avaré e no Paraná -onde comandou a maior rebelião do sistema local, de 143 horas, ocorrido
em junho do ano passado.
(SC)
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