DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Representantes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e fabricantes de bloqueadores de telefone celular reuniram-se ontem no Ministério da Justiça para definir a permissão e regulamentação da utilização desses aparelhos nos presídios.
A intenção do governo era liberar, em caráter emergencial, o aluguel de bloqueadores para instalação imediata nos presídios mais problemáticos.
Segundo a Folha apurou, houve um impasse na reunião, pois existe uma resistência dos fabricantes em alugar os aparelhos. Os fabricantes querem vender os bloqueadores e alegam que o aluguel não seria vantajoso.
O aluguel seria permitido por 90 dias, renováveis pelo mesmo período. Nesse prazo, a Anatel terminaria a regulamentação desses aparelhos no país. Depois desse período, os Estados teriam de fazer licitações para escolher as empresas que venderiam os bloqueadores e executariam o serviço.
Com o aluguel, o governo pretendia acelerar a implantação da medida, que foi anunciada há um ano pelo ministério. O impasse entre o ministério e os fabricantes deve prejudicar a meta do governo de utilizar os bloqueadores já no próximo mês. A decisão sobre a instalação ficou para as próximas reuniões.

Caixas eletrônicos
O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, sugeriu ontem que os caixas eletrônicos fiquem fechados entre as 22h e as 6h mesmo após o fim do racionamento de energia, em 1º de março. Aloysio discutiu a questão com representantes dos bancos.
Na próxima semana, haverá uma reunião do conselho técnico da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) para discutir a proposta do ministro e outras medidas a serem adotadas. O objetivo é aumentar a segurança nos caixas eletrônicos devido ao aumento de assaltos e sequestros aos usuários desse serviço.
A Febraban pretende apresentar como contraproposta fechar 500 caixas eletrônicos que estão localizados em regiões de grande incidência de sequestros. Outra proposta será o remanejamento de alguns caixas eletrônicos para locais com maior movimento.



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