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Rio multa 600 ônibus por manter tarifa
LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio
A Secretaria Estadual dos Transportes do Rio já aplicou mais de
600 multas às empresas que não
cumpriram o decreto de redução
de tarifas dos ônibus intermunicipais, em vigor desde anteontem.
As multas variam de R$ 442 a R$
1.768, de acordo com reincidências. Dez ônibus foram apreendidos desde o início da operação.
A medida afetou 47 linhas de 13
empresas que operam na região
metropolitana do Rio e transportam cerca de 7,5 milhões de passageiros por mês.
Segundo o governo do Estado,
havia lucro abusivo nessas tarifas.
As reduções variaram. Na linha
que liga o centro do Rio ao de Niterói, por exemplo, a passagem, que
custava R$ 1,27, agora é de R$ 0,50.
A região metropolitana tem cerca de 400 linhas intermunicipais. A
Secretaria dos Transportes fez o
cálculo na tarifa de 160 delas e detectou lucro abusivo em 106.
""O governador (Anthony Garotinho) acabou selecionando pessoalmente as linhas. Essa amostra
foi escolhida como uma primeira
etapa", afirmou o secretário de
Transportes, Raul de Bonis.
Anteontem, uma das empresas, a
Santa Isabel, entrou com uma liminar contestando a decisão. O desembargador Álvaro Mayrink, do
Órgão Especial do Tribunal de Justiça, revogou a liminar.
Ontem, a Fetranspor (Federação
das Empresas de Transporte Rodoviário do Leste Meridional do
Brasil) recomendou que as empresas cumpram o decreto do governo, mas estuda a possibilidade de
entrar com um mandado de segurança contra a decisão.
O superintendente da Fetranspor, Luiz Carlos Urquiza Nóbrega,
acredita que a medida vai afetar a
qualidade do serviço e pode provocar demissões.
""O governo é o poder concedente, e o governador já disse que faria
isso. Ele não quer quebra de empresas ou interrupção de serviço",
afirmou Bonis.
Segundo ele, entretanto, se alguma empresa reincidir no descumprimento do decreto pela quarta
vez para um mesmo veículo, estará
sujeita à suspensão ou à cassação
da linha ou do serviço.
Ontem, segundo Bonis, a aceitação da medida foi maior, e apenas
um ônibus foi apreendido.
Segundo a assessoria da Fetranspor, a tarifa da região metropolitana do Rio é a 16ª mais cara do país,
enquanto a frota é a mais nova
(média de dois anos e sete meses).
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