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Abandono de tratamento é problema
da Sucursal de Brasília
Além de aumentar o número de
casos de tuberculose diagnosticados, o Brasil precisa aumentar o
percentual de cura.
Os 7.926 bônus distribuídos de
junho a dezembro de 99 mostram
que o número de pacientes com
cura comprovada ainda está longe do ideal -estima-se que 64,5
mil pessoas tenham se infectado
no período.
O abandono do tratamento é
apontado como uma das principais causas do baixo índice de cura. As drogas usadas para tratar a
tuberculose não são caras: bastam
R$ 20 para custear todo o tratamento. Mas têm de ser ingeridas
religiosamente durante os seis
meses de duração do processo de
cura -esse período pode se estender por até 18 meses.
Se a medicação for suspensa antes da alta, o paciente pode adquirir tuberculose multirresistente,
que é mais difícil de tratar e precisa de medicamentos caros para
ser debelada.
No Brasil, até 97, 14% dos pacientes abandonavam o tratamento. No ano passado, a taxa
caiu para 12%. A OMS recomenda
que os países não deixem que a taxa de abandono ultrapasse os 4%.
Para impedir que os pacientes
larguem o tratamento, uma série
de países adotou a partir de 91 a
estratégia que ficou conhecida como "tratamento supervisionado", em que os profissionais de
saúde acompanham, todos os
dias, o momento em que o paciente toma o remédio.
Cuiabá é, segundo o Ministério
da Saúde, um dos municípios que
montou uma rede de combate à
tuberculose mais eficiente.
Os agentes comunitários de
saúde foram treinados para identificar casos suspeitos e encaminhá-los aos postos de saúde. Todos os doentes são supervisionados. Quando não aparecem no
posto para tomar o remédio, os
agentes vão buscá-los em casa.
Isso fez com que a taxa de 15,7%
de abandono, registrada no município em 98, caísse para 2,5% no
ano passado.
"Na unidade do centro regional
de saúde, metade dos pacientes
abandonou o tratamento em 97.
No ano passado, a taxa ficou em
5%", comemora a enfermeira
Brasilina de Faria, técnica responsável pelo Plano de Combate à
Tuberculose em Cuiabá.
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