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Diabetes já é a 5ª causa de mortes
AURELIANO BIANCARELLI
da Reportagem Local
Em menos de uma década, o
diabetes do tipo 2 passou do décimo para o quinto lugar no ranking das causas de morte no país.
Essa variante, também chamada
de mellitus, aparece principalmente em pessoas obesas, acima
dos 40 anos, sedentárias e hipertensas. Os filhos de pais diabéticos
têm mais chances de pegar a
doença. A enfermidade se caracteriza por uma resistência à ação
da insulina e a uma diminuição de
sua produção pelo pâncreas.
Segundo especialistas, caso governo e instituições não se dediquem à prevenção e ao diagnóstico precoce, a doença tende a aumentar sua incidência como uma
das principais causas de morte.
Além de estar entre as enfermidades mais caras e mutiladoras.
Em 1987, o Brasil tinha 5 milhões de diabéticos, 90% do tipo 2.
Hoje são cerca de 8 milhões.
Da mesma forma que a hipertensão, o diabetes ataca suas vítimas em silêncio. Os sintomas só
aparecem oito a dez anos depois.
Em geral, a doença acaba levando
à morte pelos danos cardiovasculares e cerebrais que provoca. Antes disso, porém, muitas de sua vítimas perdem a visão, os rins e
têm as pernas amputadas.
O diabetes já é considerado a
maior ameaça ao sistema público
de saúde. "Estamos brincando
que estamos tratando do diabetes
quando não estamos", diz Adriana Forti, presidente da Sociedade
Brasileira de Diabetes (SDB).
No seu Estado, o Ceará, 64,5%
não sabem que estão com a doença. Na média do país, metade dos
diabéticos não sabem disso.
Esse quadro só mudará com informação, prevenção, diagnóstico
precoce e tratamento. Estas são as
preocupações da SBD, do Ministério da Saúde e da Federação Nacional das Associações de Diabéticos, que reúne 300 instituições.
Uma das bandeiras da federação é
a realização de testes a cada dia 14
de novembro, eleito pela Organização Mundial da Saúde como a
data de alerta contra o diabetes.
Aqui aparece o outro lado da
moeda, dizem os médicos: o que
fazer com os diabéticos?
"Não adianta só diagnosticar, é
preciso encaminhá-los para tratamento e garantir que receberão
medicação adequada", diz Fadlo
Fraige, presidente da federação
das associações de diabéticos.
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