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EDUCAÇÃO
Ministro quer ajuda da população
Ministério divulgará lista com recursos
da Sucursal de Brasília
O ministro Paulo Renato Souza
(Educação) quer que a população
ajude a fiscalizar o uso do Fundef
(fundo de valorização do magistério). Ele fez esse apelo ontem à
noite na TV.
Para facilitar a fiscalização, o
MEC vai colocar nos Correios, nas
agências do Banco do Brasil e da
Caixa Econômica Federal, a partir
do próximo mês, um listão com
os repasses mensais do fundo a
todos os municípios.
Ontem, reportagem da Folha
mostrou que municípios baianos
estão usando verba do Fundef para pagar débitos previdenciários.
O MEC recebeu 665 denúncias
de má utilização de recursos do
fundo, envolvendo 414 cidades. A
subcomissão de deputados da Câmara encarregada de investigar as
irregularidades no Fundef calcula
que até R$ 3 bilhões podem ter sido desviados desde que o fundo
foi implantado, em 97. Eles já receberam denúncias de fraudes em
800 municípios.
O Fundef movimentou no ano
passado R$ 14,5 bilhões: R$ 8,2 bilhões foram repassados às redes
estaduais de ensino e R$ 6,2 bilhões às municipais.
Apesar de solicitar apoio da população para coibir fraudes no
Fundef, Paulo Renato afirmou em
seu pronunciamento que há menos desvios hoje de verbas da
educação do que antes de o fundo
ser criado.
Segundo ele, sem o Fundef, a
população não tinha como saber
se a determinação constitucional
de que 25% da receita de Estados e
municípios fossem destinados à
educação estava sendo cumprida.
Em 99, 62% dos 5.507 municípios brasileiros tiveram acréscimo de receita graças ao Fundef.
Essas cidades concentram 40%
dos alunos de ensino fundamental do país.
Sem o fundo, 2.387 cidades disporiam de menos de R$ 315 mensais para gastar com cada aluno
do ensino fundamental. Segundo
dados do MEC, esses municípios
tiveram um aumento de 150% no
valor gasto com cada aluno após o
Fundef ter sido implantado.
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