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Vigilância interdita fabricante de medicamento falsificado
da Reportagem Local
A Vigilância Sanitária de São
Paulo interditou ontem um laboratório clandestino que fabricava
comprimidos de permanganato
de potássio para vender a distribuidoras de São Paulo. A PF também abriu inquérito para investigar suspeita de uso dessa substância para o refino de cocaína.
A empresa W Trez, que funcionava na avenida Sapopemba,
2.224 (zona leste de São Paulo),
nunca teve licença de funcionamento da Vigilância Sanitária.
Foram encontrados 200 kg da
matéria-prima bruta (em pó),
equipamentos para comprimir a
substância e milhares de pílulas
-que, diluídas em água, são usadas em banhos para cicatrização
de feridas.
Mas o permanganato de potássio é também controlado pela PF
porque pode ser destinado à elaboração de cocaína.
Segundo a Polícia Federal, a empresa tinha aval para distribuir a
substância até fevereiro de 99 e renovou o pedido apenas em março
deste ano. Mas, durante o período
em que a licença não havia sido
renovada, a empresa teria movimentado 3.500 kg da substância.
A PF informou que, para comprar os insumos de um importador, a W Trez usou licença de terceiros, e pelo menos uma das licenças era falsificada.
O dono da empresa, o engenheiro químico Wagner Anaya,
36, disse à Folha que não pediu
aval da Vigilância Sanitária por
desconhecimento. "Eu não sabia
que, por lei, quem transforma a
substância em comprimido também é produtor. Eu me julgava
apenas distribuidor", disse. Ele
afirmou que vai pedir o registro
nos próximos dez dias.
Segundo Wagner, a empresa
tem o aval da PF há cinco anos para usar o permanganato. "No período em que a PF alega que eu estava sem licença, na verdade eu
estava renovando-a", diz.
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