São Paulo, sábado, 20 de maio de 2000


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Saldo de feridos chega a 38

DA REPORTAGEM LOCAL

O confronto anteontem entre a tropa de choque e servidores estaduais em greve terminou com 38 feridos -33 civis e 5 policiais.
Sete pessoas foram detidas durante o conflito e liberadas em seguida, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Ontem, o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, José Geraldo Brito Filomeno, designou um promotor para acompanhar as investigações da Polícia Militar sobre o conflito.
Filomeno tomou a decisão depois de assistir à fita com as imagens do protesto, que terminou em pancadaria, explosão de bombas de gás e correria.
Manifestantes dizem que os policiais deram início ao conflito e que cometeram abusos. A PM nega e afirma que agiu de forma legítima para conter o tumulto.
O promotor Fernando Sérgio Barone Nucci, que atua na Justiça Militar, foi o nome escolhido para acompanhar o inquérito. A presença do Ministério Público é para dar transparência à apuração da Corregedoria.
O comandante-geral da PM, o coronel Rui César Melo, determinou a abertura de inquérito no dia do confronto, à noite.
"Não acho que tenha havido excessos, mas vamos apurar tudo o que aconteceu, como sempre fazemos nos casos em que há civis feridos", disse o coronel.

Repercussão
A ação da PM mobilizou cerca de 300 policiais no total. A maioria foi da tropa de choque.
O comando da corporação e a Secretaria da Segurança Pública defenderam a ação, que tinha como objetivo impedir o bloqueio completo da avenida Paulista.
Servidores da saúde e da educação preparam uma nova manifestação para o próximo dia 25. Eles devem se reunir no Morumbi (zona sudoeste de São Paulo). A concentração final será em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.
Segundo a PM, haverá policiamento preventivo para acompanhar os manifestantes e impedir que as ruas sejam bloqueadas.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, disse anteontem que novos atos como o da avenida Paulista serão reprimidos pela tropa de choque da mesma forma. Para ele, os professores podem se manifestar, mas não interromper o tráfego.


Colaborou a Folha Online

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