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Saldo de feridos chega a 38
DA REPORTAGEM LOCAL
O confronto anteontem entre a
tropa de choque e servidores estaduais em greve terminou com 38
feridos -33 civis e 5 policiais.
Sete pessoas foram detidas durante o conflito e liberadas em seguida, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Ontem, o procurador-geral de
Justiça do Estado de São Paulo,
José Geraldo Brito Filomeno, designou um promotor para acompanhar as investigações da Polícia
Militar sobre o conflito.
Filomeno tomou a decisão depois de assistir à fita com as imagens do protesto, que terminou
em pancadaria, explosão de bombas de gás e correria.
Manifestantes dizem que os policiais deram início ao conflito e
que cometeram abusos. A PM nega e afirma que agiu de forma legítima para conter o tumulto.
O promotor Fernando Sérgio
Barone Nucci, que atua na Justiça
Militar, foi o nome escolhido para
acompanhar o inquérito. A presença do Ministério Público é para dar transparência à apuração
da Corregedoria.
O comandante-geral da PM, o
coronel Rui César Melo, determinou a abertura de inquérito no dia
do confronto, à noite.
"Não acho que tenha havido excessos, mas vamos apurar tudo o
que aconteceu, como sempre fazemos nos casos em que há civis
feridos", disse o coronel.
Repercussão
A ação da PM mobilizou cerca
de 300 policiais no total. A maioria foi da tropa de choque.
O comando da corporação e a
Secretaria da Segurança Pública
defenderam a ação, que tinha como objetivo impedir o bloqueio
completo da avenida Paulista.
Servidores da saúde e da educação preparam uma nova manifestação para o próximo dia 25. Eles
devem se reunir no Morumbi (zona sudoeste de São Paulo). A concentração final será em frente ao
Palácio dos Bandeirantes, sede do
governo do Estado.
Segundo a PM, haverá policiamento preventivo para acompanhar os manifestantes e impedir
que as ruas sejam bloqueadas.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi,
disse anteontem que novos atos
como o da avenida Paulista serão
reprimidos pela tropa de choque
da mesma forma. Para ele, os professores podem se manifestar,
mas não interromper o tráfego.
Colaborou a Folha Online
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