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EDUCAÇÃO
Manifestação de estudantes grevistas da FFLCH pede contratação de docentes
Alunos da USP protestam na Bienal
DA REPORTAGEM LOCAL
Os alunos da FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas) simularam
uma aula em uma sala superlotada na frente do prédio da Bienal
na manhã de ontem. Eles estão
em greve desde o dia 29 e pedem a
contratação de mais professores.
Os estudantes estenderam no
chão quadrados de papel de 1,6mē
-espaço que dizem ser ocupado
por um aluno nas salas mais
cheias- e encenaram uma aula.
"Como o tema da Bienal é a relação da arte com o espaço físico,
nós quisemos mostrar a relação
do estudante com o espaço em
uma sala de aula", disse Sidnei
Akiyoshi, um dos coordenadores
da manifestação.
Apesar da chuva, a organização
estima que 150 alunos participaram do ato. Esse foi o primeiro
evento que reuniu membros de
todos os cursos da FFLCH (geografia, história, filosofia, ciências
sociais e letras). Antes, apenas os
estudantes do curso de letras estavam em greve.
Um pequeno tumulto ocorreu
quando os universitários se aglomeraram em frente à entrada da
Bienal para que fosse exposto um
mosaico de papel picado feito minutos antes. Diante da negativa
dos seguranças da Bienal, alguns
estudantes quiseram entrar, mas
foram impedidos pela segurança
e pela própria coordenação do
movimento. Três carros da Polícia Militar e um da Guarda Civil
Metropolitana foram enviados ao
local, mas não houve confronto.
Em seguida, os alunos formaram um corredor pelo qual os visitantes eram obrigados a passar.
Os que assinavam um abaixo-assinado pela contratação de professores eram aplaudidos.
Um novo ato está previsto para
quarta-feira, às 10h, quando será
realizada uma aula de latim nas
escadarias do Teatro Municipal.
Hoje e amanhã acontecem assembléias para decidir as reivindicações oficiais dos alunos.
Segundo levantamento que está
sendo feito pelos estudantes, seria
necessária a contratação de mais
330 professores ao longo dos próximos três anos. Eles prometem
manter a greve até que a reitoria
tenha uma resposta efetiva para
as reivindicações.
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