UOL


São Paulo, domingo, 20 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Moto-táxi se destaca no país

DA REPORTAGEM LOCAL

O ranking de motorização aponta a influência dos serviços de moto-táxi no interior do Estado, que ajudaram a fazer de Araçatuba (530 km de SP) a líder na proporção de motos por habitante: são 7,84 moradores para cada veículo - na capital paulista há 22 pessoas por moto.
"Nossa cidade é plana e quente, o que favorece a circulação das motos", afirma Carlos Cesar Costa, diretor do Departamento de Trânsito de Araçatuba. Segundo ele, os serviços de moto-táxi, que foram regulamentados há três anos, já têm 1.328 operadores cadastrados. O custo máximo da tarifa fixado por lei equivale a três passagens de ônibus.
Esse meio de transporte também é significativo em Rondonópolis (MT) e Ji-Paraná (RO), que figuram na segunda e na terceira posição, respectivamente, do ranking de motos por habitante.
"Os alvos mais recentes da indústria foram as motos. Elas estão no foco. Foram lançados modelos populares, mais baratos, para conquistar esse público", afirma Cristina Badini, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), que vê essa tendência com preocupação por causa da segurança no trânsito.
Uma pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou a gravidade das colisões nos trechos urbanos: de cada 100 acidentes com motos, há vítimas com alguma gravidade em 71. Para automóveis, essa proporção é de 7 para 100.

Ônibus
Os maiores índices de ônibus por morador se concentram em municípios que não têm transporte urbano intenso, mas que estão ligados a empresas de transporte rodoviário -que acabam emplacando os veículos lá.
É a situação, por exemplo, de Patos de Minas (MG) e de Cachoeiro de Itapemirim (ES), que abrigam escritórios das viações Gontijo e Itapemirim. Elas estão no ranking das dez empresas do setor que mais transportam passageiros nas estradas do país.
No ranking de tratores por habitante, a presença de Santos e Cubatão, no litoral paulista, entre as líderes é explicada pelo maquinário do pólo petroquímico e do porto. "Ninguém verá tratores na cidade. É um veículo para movimentação da carga no porto", afirma João Milham, delegado da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Santos. (AI)

Texto Anterior: Família de Curitiba não vive sem seus carros
Próximo Texto: Urbanismo: Ruas comerciais mudam para enfrentar shoppings
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.