São Paulo, quarta, 20 de agosto de 1997.



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Os fumantes discordam da lei, e os não-fumantes concordam
Lei antifumo divide opinião de estudantes paulistanos

LUCIANA SCHNEIDER
da Reportagem Local

A polêmica em relação à aprovação da lei que proíbe alunos de fumar cigarros nas escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo divide a opinião dos estudantes.
Luiz Henrique Silva Santana, 15, fumante, que estuda na Escola Estadual Costa Manso (zona sudoeste de SP), é contra a lei.
Segundo ele, o governo deveria se preocupar com outras coisas, como melhorar a situação da segurança, da moradia e da saúde no Estado.
"Em vez de ficar tomando conta da saúde dos outros, ele deveria pensar um pouco mais sobre isso."
Já a fumante Érica Pesqueiro, 16, que estuda no colégio Bandeirantes (zona sudoeste de SP), é a favor da aprovação da lei.
Érica diz que se fosse proibido fumar na escola, ela fumaria bem menos.
"O tempo que eu fico no colégio -dez horas- e o ambiente escolar influenciam muito. É quando dá mais vontade de fumar", diz Érica.
Os não-fumantes da escola Bandeirantes adoraram a possível aprovação da lei.
"É uma névoa de fumaça só. É impossível ter vontade de comer alguma coisa em um ambiente desses. Acho que a escola deveria ser o primeiro lugar a proibir o fumo", afirma Márcio Pozzer.
Bruno Covas Lopes, não-fumante, neto do governador Mário Covas, que estuda no Bandeirantes, também acha que cigarro não combina com escola.
"Até porque o que meu avô achar que é o certo, eu assino embaixo."



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