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Os fumantes discordam da lei, e os não-fumantes concordam
Lei antifumo divide opinião
de estudantes paulistanos
LUCIANA SCHNEIDER
da Reportagem Local
A polêmica em relação à aprovação da lei que proíbe alunos
de fumar cigarros nas escolas
públicas e privadas do Estado de
São Paulo divide a opinião dos
estudantes.
Luiz Henrique Silva Santana,
15, fumante, que estuda na Escola Estadual Costa Manso (zona sudoeste de SP), é contra a lei.
Segundo ele, o governo deveria se preocupar com outras coisas, como melhorar a situação
da segurança, da moradia e da
saúde no Estado.
"Em vez de ficar tomando
conta da saúde dos outros, ele
deveria pensar um pouco mais
sobre isso."
Já a fumante Érica Pesqueiro,
16, que estuda no colégio Bandeirantes (zona sudoeste de SP),
é a favor da aprovação da lei.
Érica diz que se fosse proibido
fumar na escola, ela fumaria
bem menos.
"O tempo que eu fico no colégio -dez horas- e o ambiente
escolar influenciam muito. É
quando dá mais vontade de fumar", diz Érica.
Os não-fumantes da escola
Bandeirantes adoraram a possível aprovação da lei.
"É uma névoa de fumaça só. É
impossível ter vontade de comer
alguma coisa em um ambiente
desses. Acho que a escola deveria ser o primeiro lugar a proibir
o fumo", afirma Márcio Pozzer.
Bruno Covas Lopes, não-fumante, neto do governador Mário Covas, que estuda no Bandeirantes, também acha que cigarro não combina com escola.
"Até porque o que meu avô
achar que é o certo, eu assino
embaixo."
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