São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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No bairro, renda é o dobro da média da cidade

DA SUCURSAL DO RIO

A praça Saens Peña, onde as lojas foram fechadas a mando de traficantes, é o principal centro comercial da Tijuca, um dos bairros mais ricos da zona norte.
Localizada numa das mais movimentadas ruas da região, a Conde de Bonfim, a praça é ponto final de uma das linhas do metrô e fica próximo a dois shoppings.
De acordo com o IBGE, 180 mil pessoas moravam no bairro em 2000. A renda média mensal dos chefes de família da Tijuca era de R$ 2.413, mais que o dobro da média da cidade (R$ 1.071).
Em um total de 159 bairros, a Tijuca é o que apresenta a 19ª maior renda e a segunda maior da zona norte -só perdendo para o Jardim Guanabara.
O valor médio da renda, no entanto, esconde uma característica da região: a classe média convive com favelas violentas, comandadas principalmente por traficantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho).
Ficam na Tijuca e em bairros vizinhos diversos morros em que traficantes se enfrentam pelo controle da venda de drogas.
Os mais conhecidos são Salgueiro, Turano, Borel, Casa Branca, Formiga, Macacos, São João e Pau da Bandeira.
O bairro dá o nome a uma região chamada Grande Tijuca pela Secretaria Estadual da Segurança Pública. A região engloba os bairros da Praça da Bandeira, Alto da Boa Vista, Maracanã, Vila Isabel, Andaraí e Grajaú.
A taxa de roubos na Grande Tijuca em julho foi de 120 por 100 mil habitantes, o dobro do Estado - de 60 por 100 mil.


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