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POLÍCIA FORA DA LEI
Inquéritos foram enviados ao tribunal
TJ centraliza investigações sobre tortura a presos recrutados pela PM
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tribunal de Justiça de São
Paulo vai centralizar as investigações sobre a suposta tortura cometida por policiais militares do
Gradi (Grupo de Repressão e
Análise dos Delitos de Intolerância) contra presos que trabalharam infiltrados em quadrilhas pelo serviço de inteligência da PM.
Por determinação da Secretaria
da Segurança Pública do Estado,
as polícias Civil e Militar enviaram seus respectivos inquéritos,
sem concluí-los, para o TJ.
O caso será investigado agora
pelo desembargador Sinésio de
Souza, membro do Órgão Especial do TJ -que reúne os 25 desembargadores mais antigos.
Souza foi designado por sorteio
na última quinta-feira.
O TJ foi acionado por causa do
envolvimento de dois juízes, que
autorizaram grampos telefônicos
e liberaram detentos para o Gradi,
e do secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro
Abreu Filho, a quem o Gradi estava subordinado.
Infiltrações
O desembargador-relator vai
atuar como delegado. O resultado
desse ""inquérito judicial" será enviado depois para o procurador-geral de Justiça, Luiz Antônio
Guimarães Marrey, que decide se
denuncia ou não os envolvidos.
Marrey designou três procuradores para acompanhar o caso:
Antonio Visconti, Clóvis Almir
Vital de Uzeda e Jobst Dieter
Horst Niemayer. Outras três
ações do Gradi continuam sob investigação da Polícia Civil, acompanhada pelo Ministério Público.
Sete presos trabalharam para a
PM, de fevereiro do ano passado a
abril deste ano, em ações como a
que resultou na morte de 12 supostos integrantes do PCC, em
março, em Sorocaba.
O Gradi é investigado por suspeita de tortura, abuso de autoridade e homicídio.
Hoje, às 15h, entidades de direitos humanos fazem um ato na Assembléia Legislativa contra o Gradi. Cerca de 30 entidades assinaram um documento em que pedem a saída do secretário da Segurança. Os dois juízes que apoiavam ações do Gradi, Octávio Augusto Machado de Barros Filho e
Maurício Lemos Porto Alves, foram afastados pelo TJ.
As infiltrações de presos foram suspensas em abril, após a posse
do novo comandante-geral da PM, Alberto Silveira Rodrigues.
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