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Lavrador com dor de ouvido faz vasectomia
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O lavrador Valdemar Lopes, 39,
saiu de casa, no dia 14, para um
exame de ouvido (ele sentia dores) na policlínica Carlos Espírito
Santo, na cidade mineira de Montes Claros. Voltou vasectomizado.
A vasectomia é uma pequena cirurgia, que não exige internação e
impede a liberação de espermatozóides. Nem sempre é reversível.
A atendente, diz a policlínica,
teria chamado Aldemar Aparecido Rodrigues, 29, mas Lopes se
apresentou no lugar e não questionou o médico. "Pensei que era
caxumba e tinha descido. Mexeu
lá, pensei nisso e não perguntei
mais nada." Rodrigues diz não ter
ouvido seu nome. Após horas de
espera, reclamou e foi avisado de
que a cirurgia já tinha ocorrido.
Lopes diz nunca ter tido caxumba, doença que pode causar inflamação nos testículos em adultos.
Ele vive na zona rural, é analfabeto, casado e tem dois filhos.
A policlínica, que faz mais de
500 consultas/dia, informou que,
a partir de agora, exigirá documentos de todos os pacientes.
A Secretaria da Saúde abriu sindicância. Lopes recusou a reversão da cirurgia (a mulher já tinha
ligado as trompas) e remarcou
para amanhã o exame de ouvido.
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