DA FOLHA CAMPINAS

Após uma sessão que durou menos de 40 minutos, com protestos de cerca de 60 moradores, na noite de anteontem, os vereadores de Porto Ferreira negaram a participação nas festas com suspeita de corrupção de menores, envolvendo 22 pessoas, entre elas empresários, comerciantes e seis membros do Legislativo local.
O presidente da Câmara, Luís César Lanzoni (PTB), disse que aguarda uma posição da Justiça para instaurar uma CEI (Comissão Especial de Inquérito). "Sem receber algo oficial fica difícil abrir uma CEI", disse.
Conforme inquérito da Polícia Civil, que está sendo analisado pelo Ministério Público, 12 adolescentes teriam participado de festas em ranchos da cidade.
As adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, receberiam valores entre R$ 30 e R$ 50 para manter relações ou participar de "jogos sexuais" com os suspeitos.
Os nomes dos envolvidos só serão divulgados após denúncia formal do Ministério Público.
Até agora, três dos 22 suspeitos foram indiciados pela polícia.
Um deles, o suplente de vereador Valter de Oliveira Mafra (PTB), 48, teve prisão temporária decretada e está foragido.
Ele é suspeito de ser o agenciador das adolescentes. Seu advogado, Ricardo Ramos, não respondeu aos recados deixados em seu escritório.
Após a sessão de anteontem, a Folha ouviu 12 dos 15 vereadores. Todos negaram envolvimento no caso e afirmaram desconhecer a existência das festas.


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