Nova etapa do projeto de reurbanização coincidirá com o início da primavera

LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A avenida Rebouças, uma das mais movimentadas da zona oeste de São Paulo, deverá ganhar 379 árvores ainda neste segundo semestre. As mudas serão plantadas nas calçadas da via no próximo mês, período que coincidirá com o começo da primavera.
O projeto faz parte do trabalho de reurbanização da avenida assinado pela prefeitura com o Condephaat (Conselho Estadual do Patrimônio Histórico) na época da construção do do corredor de ônibus da via, na gestão Marta Suplicy (PT).
O Condephaat precisou aprovar o projeto porque a avenida passa na região dos Jardins, que é tombada.
As mudas serão de 13 espécies diferentes, que florescem em épocas distintas. "É uma forma de a avenida ficar florida o ano todo", explica Regina Monteiro, diretora de Meio Ambiente e Paisagem Urbana da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), da gestão de Gilberto Kassab (PFL), e responsável pela compra e pelo plantio das mudas.
Cada quadra terá um tipo diferente de árvore. Onde existem lojas, serão colocadas espécies cuja folhagem é menos densa, como os ipês.
De acordo com Regina, a previsão é de que, em um ano, as árvores floresçam.

Compra
A aquisição das plantas será feita por um pregão presencial -uma modalidade de licitação- e vai custar R$ 400 mil, um dinheiro proveniente do orçamento da Subprefeitura de Pinheiros.
Cada muda terá cinco centímetros de diâmetro, o que dispensa a colocação de cercas em volta dos troncos.
A Emurb vai pedir 20% a mais de cada tipo de muda para poder fazer a reposição caso alguma não resista depois de plantada. "Trabalhamos com uma margem de mortalidade que varia de 5% a 20%", explica Regina. A empresa que vender as mudas será também responsável pelo plantio.
Das 379 mudas, 245 estavam previstas no termo de compensação ambiental realizado com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente na época da construção do túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello, no cruzamento da avenida Rebouças com a avenida Brigadeiro Faria Lima. O acordo previa também a entrega de 398 mudas para o viveiro municipal Manequinho Lopes.
Para a Associação Rebouças Viva, o projeto de plantio das árvores na avenida é bom, mas deveria ter sido feito há mais tempo. "A avenida fica um cimentado só, sem árvores. Precisamos melhorar a paisagem, a qualidade do ar e também a qualidade de vida das pessoas que estão lá todos os dias", afirma Samir Luiz Somessari presidente da associação e morador da avenida há 11 anos. De acordo com ele, muitas vezes o termômetro de qualidade do ar dessa via apresenta a indicação de situação "imprópria".
"Vai melhorar o clima e o paisagismo aqui", opinou Nelson Câmara, 44, dono de uma padaria no local. Já o designer de interiores Lucindo Sousa, 24, disse que aprova o plantio desde que sejam colocadas árvores de porte compatível com a via.


Texto Anterior: Paraná põe fim à terceirização de presídios
Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: Proibido não conhecer o Jd. Ângela
Índice