São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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PM é alijada das investigações

DA SUCURSAL DO RIO

A prisão de Elias Maluco, em operação exclusiva das delegacias especializadas, confirmou uma característica do governo de Benedita: a Polícia Civil é que comanda as investigações, enquanto a PM (Polícia Militar) tem ficado de fora das mais importantes.
A captura do traficante no complexo do Alemão foi ordenada pelo chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira. Em vez do Batalhão de Operações Especiais, tropa de elite da PM, quem subiu o morro foi a Coordenadoria de Recursos Especiais, da Polícia Civil.
Satisfeita com a ação da Polícia Civil, a governadora anunciou ontem promoção por bravura para todos os que participaram da captura de Elias Maluco.
Prestigiado, Zaqueu Teixeira é ouvido por Benedita em todas as questões de segurança. Também conseguiu da governadora uma reivindicação dos policiais: a obrigatoriedade de curso superior para ingressar em quase todas as carreiras da Polícia Civil.
Na rebelião no presídio de Bangu 1, quatro delegados da Polícia Civil negociaram a rendição dos presos. O Bope ficou à disposição para o ataque ao presídio.
A Polícia Civil também capturou o traficante Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, em maio deste ano.
A PM foi alijada da operação das polícias Civil e Federal, que desarticulou a quadrilha de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê. Nos cinco meses de governo de Benedita, a única ação de repercussão da PM foi a prisão de Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, um dos nove indiciados pela morte de Tim Lopes. (FE e MHM)


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