|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia diz que empresa atrapalhou
DA SUCURSAL DO RIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O chefe de Polícia Civil, Zaqueu
Teixeira, disse ontem que a empresa de telefonia e rádio Nextel
atrapalhou a ação policial nas
buscas a Elias Maluco nos últimos
meses e no cerco final ao complexo do Alemão.
O traficante usava para se comunicar com os comparsas um
rádio Nextel, segundo Teixeira.
Ao celular, rastreado pela polícia,
ele só conversava assuntos amenos, tentando despistar os policiais. "Se não fosse o desserviço
que a Nextel presta ao Rio de Janeiro, já teríamos prendido o
Elias antes", disse o delegado.
À tarde, a Nextel divulgou nota
em que diz estar "surpreendida
com as notícias divulgadas". A
empresa afirmou que "cumpre e
sempre cumpriu integralmente as
determinações da Justiça". A nota
"informa, ainda, o contínuo
apoio às autoridades e investigações policiais, em conformidade
com as autorizações da Justiça".
Segundo Zaqueu Teixeira, a polícia conseguiu autorização judicial para interceptar a comunicação pelo rádio, mas a Nextel, alegando dificuldades técnicas, não
atendeu a determinação. Teixeira
cobrou uma ação da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) contra a empresa.
"Temos autorização judicial e a
empresa, atuando no Rio, tem de
cumprir essa determinação. O governo federal é responsável por isso. Cabe ao governo federal regulamentar a prestação desses serviços", disse o delegado.
Texto Anterior: Crueldade marca ações de traficante Próximo Texto: Barbara Gancia: O que fazer com "Freddy Seashore"? Índice
|