São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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Polícia diz que empresa atrapalhou

DA SUCURSAL DO RIO

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, disse ontem que a empresa de telefonia e rádio Nextel atrapalhou a ação policial nas buscas a Elias Maluco nos últimos meses e no cerco final ao complexo do Alemão.
O traficante usava para se comunicar com os comparsas um rádio Nextel, segundo Teixeira. Ao celular, rastreado pela polícia, ele só conversava assuntos amenos, tentando despistar os policiais. "Se não fosse o desserviço que a Nextel presta ao Rio de Janeiro, já teríamos prendido o Elias antes", disse o delegado.
À tarde, a Nextel divulgou nota em que diz estar "surpreendida com as notícias divulgadas". A empresa afirmou que "cumpre e sempre cumpriu integralmente as determinações da Justiça". A nota "informa, ainda, o contínuo apoio às autoridades e investigações policiais, em conformidade com as autorizações da Justiça".
Segundo Zaqueu Teixeira, a polícia conseguiu autorização judicial para interceptar a comunicação pelo rádio, mas a Nextel, alegando dificuldades técnicas, não atendeu a determinação. Teixeira cobrou uma ação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) contra a empresa.
"Temos autorização judicial e a empresa, atuando no Rio, tem de cumprir essa determinação. O governo federal é responsável por isso. Cabe ao governo federal regulamentar a prestação desses serviços", disse o delegado.


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