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POLÍCIA
Governo distribui hoje prêmios de R$ 500 a R$ 3.083 a policiais militares e civis de três áreas de atuação
Rio premia policial que reduz violência
FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Sucursal do Rio
O governo do Estado do Rio distribui hoje cerca de R$ 1,5 milhão
em prêmios de R$ 500 a R$ 3.083 a
policiais civis e militares em cujas
áreas de trabalho foram verificadas as maiores reduções dos indicadores de violência de agosto para setembro deste ano. É a primeira vez que o prêmio é concedido.
São 3 as áreas premiadas, dentre
as 34 áreas integradas de segurança pública: a área 19, dos bairros
de Copacabana e Leme, na zona
sul do Rio; a área 20, que inclui os
municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Nilópolis e São João de
Meriti, na Baixada Fluminense; e
a área 11, onde ficam a cidade de
Nova Friburgo e adjacências.
Essas áreas tiveram, na avaliação da Secretaria da Segurança, as
maiores reduções dos índices de
violência em setembro. Os homicídios dolosos, por exemplo, caíram 55% na região serrana, 33%
em Copacabana e no Leme e 20%
nos municípios da Baixada.
Os roubos e furtos de veículos
caíram 23% na área 20, 20% na
área 19 e 10% na área 11.
Segundo o subsecretário de Pesquisa e Cidadania, Luís Eduardo
Soares, os critérios para análise
foram a redução dos crimes fatais
(homicídios, encontros de cadáver etc.) e dos crimes contra o patrimônio (roubos de veículos,
roubos a residências, bancos etc.).
O bônus de R$ 500 não é incorporado ao salário. Funciona apenas como um prêmio por um determinado mês de trabalho.
No governo passado, houve
uma premiação para os policiais
-conhecida como "gratificação
faroeste", que dobrou as mortes
de civis provocadas pela PM.
Desta vez, a gratificação não será individual, mas distribuída a
toda a equipe de policiamento (civil e militar) da área premiada, do
soldado ao coronel, do carcereiro
ao delegado. "Vamos premiar a
equipe, a integração, não a ação
individual", afirmou Soares.
Os dados da secretaria ainda revelam que, mesmo nas áreas premiadas, ainda há alguns problemas a serem solucionados.
Os bairros de Copacabana e Leme, por exemplo, têm 3,55 policiais para cada grupo de mil habitantes, coeficiente cinco vezes
maior que o da a área 20 (Belford
Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Nova Iguaçu) -0,71 policiais por mil habitantes. Na Baixada, o índice de homicídios dolosos por 100 mil habitantes (3,68) é
seis vezes maior que na área de
Copacabana e Leme (0,59).
O secretário da Segurança, Josias Quintal, disse que Copacabana e o Leme têm uma população
flutuante (moradores de rua, pessoas que apenas trabalham na região e turistas) muito maior que a
fixa, e isso explica o policiamento
mais ostensivo. Ele reconhece,
porém, um déficit de policiamento na área da Baixada.
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