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SAÚDE BUCAL
Estudo feito com 1.921 usuários de 220 unidades básicas de São Paulo mostrou problema no serviço odontológico
48% não conseguem acesso a atendimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Nas reuniões do orçamento
participativo da Prefeitura de São
Paulo para 2002, a saúde bucal foi
a segunda especialidade mais demandada, segundo pesquisa da
Secretaria de Governo. A saúde
bucal perdeu só para o PSF (Programa Saúde da Família), mas superou áreas como saúde da mulher (11ª) e álcool, drogas e dependência (15ª).
Estudo feito neste ano pela
União dos Movimentos de Saúde
com 1.921 usuários de 220 das 400
unidades básicas da cidade mostrou que 48% dos que procuraram atendimento odontológico
não conseguiram acesso.
Há um déficit de 400 dentistas
na rede (hoje, 1.159 trabalham 20
horas por semana e 76, 40 horas),
e os equipamentos precisam de
reparos. O coordenador de saúde
bucal da prefeitura, Luís Cláudio
Sartori, reconhece que também
em São Paulo é prática dos postos
não atender a jovens, adultos e
idosos. A prefeitura promete, até
dezembro, acolher adultos.
A OMS colocou como meta para 2000 que 75% das pessoas de 35
a 44 anos e 50% das de 65 a 74
anos tivessem 20 ou mais dentes.
Os resultados do Estado de São
Paulo, um dos que já divulgaram
dados do projeto SB (Saúde Bucal
2000), são escandalosos: na primeira faixa etária, apenas 49%
têm 20 ou mais dentes. Na de 65 a
74 anos, só 10%.
"Quando minha filha caiu e entortou todos os dentes da frente,
tive de tratar em casa, com cozido
de batata", conta a feirante Aldinir Santana da Silva, 38.
V., 27, trabalha na casa de dois
dentistas, mas eles não a ajudaram quando extraiu um dente errado e ficou com o rosto inchado.
"O dentista tirou raio X do dente
que doía. Mas aí entrou outro na
sala e arrancou o dente errado."
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